Camila Queiroz fala sobre o sotaque de Luiza em Pega Pega: “Minha preocupação é o R”

Publicado em 22/09/2017

Camila Queiroz está feliz com os rumos de sua personagem Luiza, em Pega Pega. A atriz que foi alvo de críticas no início da trama de Claudia Souto, conversou com nossa reportagem e falou sobre a dificuldade de pronunciar o sotaque carioca em cena e repercussão da novela nas ruas. Confira:

Leia também: Globo acerta com Ivete Sangalo no The Voice Brasil

Como a novela está sendo para você nesse momento?

Até que deu uma acalmada para mim agora. A Luiza entrou numa fase investigativa, e começou a pesquisar todo o passado do Eric (Mateus Solano), e quer entender o acidente de Mirella (Marina Rigueira), no qual ele está envolvido. Ela tem a função de explicar ao público o que aconteceu nesse acidente que é uma grande interrogação na história toda, e que atrapalha de certa forma o relacionamento do casal. O mais legal é que a Luiza não desconfia do Eric em momento nenhum, mas quer entender realmente o que aconteceu e isso ele não diz.

Luiza e Eric se casaram. Como ficará a relação dos dois caso ela descubra algo ruim sobre o passado dele? E a relação com o Pedrinho como fica?

Olha, eu nem estou pensando no pós-descoberta, porque não quero me limitar. Como estamos recebendo capítulo por capítulo, não quero fechar nenhuma janela de possibilidade. A surpresa quando eu for gravar vai ser mais gostosa. A relação dela com o avô ficou estável, porque ele falou tudo o que pensava, mas sem provas, e ela não podia abrir mão da felicidade dela com o Eric por causa do avô, até porque ele iria embora do Brasil com ela, sem nem perguntar se ela queria. Ela ouviu o avô, questionou, e confiou nas respostas do Eric.

A Maria Pia continua apaixonada pelo Eric mesmo depois de toda a transformação visual. Você acha que a Luiza ainda vai ter um embate com ela por causa disso?

A Maria Pia (Mariana Santos) vem de uma relação de amizade de infância com o Eric, e acho que a Luiza nem quer lutar contra ela, porque ela não precisa mais disputar nada, afinal já está casada. A fase do ciuminho do começo já passou.

O que você tem escutado nas ruas sobre a sua personagem?

Eu acho que nunca senti o público com tanta pena da Luiza como agora. Nem quando ficou pobre, nem quando teve que procurar emprego, até porque tinha um tom de comédia nesses momentos. O público tem tido pena dela por não saber o que ela pode descobrir. Recebo muita mensagem dizendo “Para de procurar isso”, “Quem procura acha”. É aquela coisa de mulher, a gente quer realmente saber. Mulher quando começa, não para mais.

No início da novela tiveram muitas críticas ao casal principal. Isso te machucou de alguma forma?

De forma alguma. Já respondi isso várias vezes, tudo tem seu tempo, e tudo tem sua explicação. O foco da novela no começo era explicar o roubo, então tudo o que aconteceu em volta, ocorreu de forma acelerada. A gente precisava cativar o público na primeira semana, e o foco não era o casal principal, que se apaixonou à primeira vista, como acontece, hoje em dia menos porque estamos perdendo isso. Algumas críticas no começo da novela foram muito rápidas, como a Bebeth (Valentina Herszage) com a Canguru, que era uma história linda, ótima de ser contada e ótima de ser vista, que foi criticada já no segundo capítulo sem ninguém entender do que se tratava. O elenco é muito apaixonado pela história.

Você é do tipo de pessoa que quando a novela está no ar, vai no Twitter conferir o que o pessoal está falando?

Não, porque na maioria das vezes estamos gravando na hora da exibição. Assisto à novela depois pela Globo Play e quando dá (risos). Quando eu entro no Twitter para interagir com as pessoas, o que acho fundamental, leio mais o que está na TL, porque os fã-clubes dão RT em muitas coisas.

No início da novela, você disse que tinha receio em relação ao sotaque. Agora o sotaque está mais orgânico. Como você enxerga isso?

No começo foi muito complicado, porque é um trabalho principalmente psicológico. É natural o estranhamento do público e eu já esperava que fosse acontecer. Quando Êta Mundo Bom! estreou, começamos a ganhar zero atrás de zero nas críticas. Diziam que o sotaque do meu núcleo era impossível de ouvir, que éramos caricatos e por aí vai. Depois virou um sucesso porque todo mundo amava aquela família louca. Geralmente demora o tempo das pessoas se acostumarem e entenderem o propósito. Luiza é uma menina que viajou o mundo inteiro, e pode muito bem ter um pouco de cada sotaque. O que eu fiz foi diminuir um pouco o S, e acho que o público entendeu mais. Minha preocupação é o R e sempre vai ser.

Estamos numa safra boa de novelas não é?

Graças a Deus! Acho que cada novela está cumprindo sua missão. A novela das 18h falando do nosso passado, a novela das 21h sendo super atual, e a gente entra ali no meio com comédia e leveza fazendo esse contraponto entre as duas.

Você está preparada para a virada da personagem?

Gente, nem eu estou sabendo isso. Acabei de tomar um spoiler (risos). Preparada para uma grande virada a gente nunca está, mas espero que aconteçam grandes coisas, e que o Eric seja muito legal com a Luiza ainda.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade