Bernardo Marinho elogia personalidade do Tobé de Verão 90: “Uma ingenuidade assumida”

Publicado em 15/04/2019

Leve e divertida, a novela Verão 90 apresentou ao público figuras carismáticas como o jovem Tobé. Interpretado por Bernardo Marinho, o rapaz é um playboy sem noção e sócio da inovadora PopTV, juntamente com os amigos Quinzinho (Caio Paduan) e Candé (Kayky Brito).

Tobé está sempre tranquilão e vivendo meio que no “mundo da lua”. É natural ele aparecer nas cenas sempre soltando bordões como “Pode crer, brother”. Em conversa com o Observatório da Televisão, Bernardo falou um pouco sobre o personagem.

O meu personagem é uma piada ambulante”, reafirmou o ator, que protagonizará uma dramática cena com Kayky Brito. Nos próximos capítulos da novela das sete da Globo, o preconceituoso Candé será preso e receberá o apoio do amigo Tobé.

Durante o bate-papo, o artista também comentou o sucesso da trama de Izabel de Oliveira e Paula Amaral, bem como sobre sua relação com as redes sociais. O romance de Tobé com a surfista good vibes Diana (Maria Carol) também foi tema. “O casal se estabeleceu muito rápido”, garantiu Bernardo Marinho.

Confira a entrevista na íntegra

Como está sendo trabalhar em Verão 90?

A novela é um maior barato, um ambiente muito gostoso. Os colegas são muito queridos, um ambiente muito amoroso. Quando a gente vem para cá nos divertimos muito”.

Você curte a trilha sonora da novela?

Eu amo! A trilha sonora da novela, eu acho o ponto alto. Eu adoro! Até mesmo as que a gente produz, tem umas que a gente inventou. Eu adoro as músicas do Ticiano, acho o maior barato”.

Como está sendo a repercussão entre o público? Recebe muitas mensagens nas redes sociais e nas ruas?

O meu personagem criou meio que um bordão: ‘Pode crer, brother’. Aí eu estava numa loja e chegou um cara e falando bem baixinho no meu ouvido: ‘Pode crer, brother’ (risos). As pessoas perguntaram muito também quando teve o negócio do doce de leite. Eu comecei a namorar a Diana nesse negócio do doce de leite. As pessoas perguntavam muito nas ruas”.

Como foram as gravações dos Tigres Siberianos, que foram inspirados no grupo os Leopardos?

A autora conversou super com a gente quando começou a novela. Tem muita gente ainda bem mais jovem do que eu, com vinte e poucos anos. Então elas fizeram um panorama dos anos 90 para a gente e falaram mitos dos Leopardos”.

Lembranças

O que você guarda de recordação dos anos 90?

A novela passa em 93. Eu nasci quase em 88, então eu devia ter uns cinco anos. Eu lembro muito pouco, da Copa de 94 eu lembro muito bem. Eu lembro das ruas desertas. Eu morava perto da rua Voluntários da Pátria (Rio de Janeiro), e a Voluntários ficava deserta”.

O que faz a novela Verão 90 ser um sucesso?

Eu acho que muito do sucesso da novela tem a ver com o fato de ser uma época mais astral. Talvez mais leve, menos conservadora”.

Casal Dibé e redes sociais

O Tobé e a Diana (Maria Carol) estão namorando. Esse romance vai ser para valar mesmo?

O casal se estabeleceu muito rápido. A gente ficou na festa. Logo depois, a gente se encontrou mais uma vez e já estávamos super namorando. Tem muitas cenas já na casa dela. O casal se firmou sim”.

O público está shippando o casal? Você tem recebido esse retorno de aceitação?

Eu não sou muito das redes sociais, mas, algumas vezes, eu vi muita gente: ‘Dibé, Dibé no Twitter’. A Maria Carol é uma especialista do Twitter e vai sempre me informando das coisas que a galera está falando”.

Por que você não utiliza as redes sociais?

Eu não frequento tanto. Eu frequentei o Facebook um período, mas o Facebook já está entrando em desuso mesmo quando entrei (risos). Minha irmã falava: ‘Facebook é passado’. Instagram nunca entrei, não tenho curiosidade. É uma opção minha”.

WhatsApp você tem, né?

WhatsApp eu tenho. Mas tem grandes atores que não tem. Aqui na novela a gente tem. Eu acho invejável. Eu acho que essa é a grande questão das redes sociais, porque quando a gente entra fica muito difícil de sair. Eu, hoje, não me vejo sem ‘zap’. Você resolve um monte de questões da vida ali. Facilita”.

Amizade dentro e fora de cena

Como é a relação de amizade com o elenco da novela?

Eu tenho amigos de longas datas, muito queridos. E aqui a gente formou um ciclo muito feliz de amizade também. Na preparação, a gente teve três semanas de aulas de danças, e serviu para que ficássemos mais próximos do corpo um do outro. Depois gente fez muita aula de surf e as pessoas foram se aproximando. No Carnaval a gente pulou bloco juntos”.

Na novela, Candé (Kayky Brito) vai passar por um drama ao ser preso e, justamente nessa hora, não vai receber apoio dos amigos. Como é gravar cenas nesse contexto já que você preza pela lealdade na amizade?

Tem toda uma pressão da Mercedes (Totia Meirelles) para que a gente não veja ele na cadeia. A gente fica muito ressabiado, o Quinzinho e o Tobé. Ele (Candé) fica um tempo preso. Aí tem um cenão que é onde eu vou encontrar com ele na cadeia”.

A novela tem um clima cômico e divertido. Você está ansioso para gravar essa cena mais dramática?

Eu estou com expectativa em relação a essa cena. O meu personagem é uma piada ambulante e essa vai ser uma cena densa para a novela. Eles se encontram, choram”.

Um novo Tobé?

Com a cena da cadeia, você acredita que o Tobé vai mostrar uma nova fase? Ele pode trazer discussões mais sérias para a trama?

Eu não sei. Aí tem que ver nos capítulos que vão vir. Essa trilha da cadeira, eu acho que é um ponto meio que fora da curva. No geral, ele (Tobé) é mais leve mesmo. Mas eu acho que ele é muito leal e emocional, muito envolvido com as pessoas. Mas até mesmo nessa cena com o Candé, ele fala umas coisas meio sem noção. Leva um cigarro para o cara fumar dentro da cadeira porque ele ver isso em filmes”.

Bernardo x Tobé

Como é o Bernardo Marinho no dia a dia? Gosta de ler livro, praia, silêncio?

Exatamente isso. Falou as três coisas que eu mais gosto. O Bernardo é completamente diferente do Tobé”.

Além de divertido, o Tobé também é um personagem pacificador no meio das fofocas que rolam na trama. Você é assim na vida real?

Eu sou de uma família muito grande, tenho um monte de irmão. Então acaba que a gente fica, necessariamente, tendo que conciliar uma briga. Então essa é uma função que eu estou muito acostumado (risos)”.  

Você falou que o Tobé é uma piada ambulante. Como você lida com essa questão da comedia do personagem? Você é um cara extrovertido?

É uma função que parece fácil, mas é difícil. Eu não sou exatamente extrovertido. O Tobé mais extrovertido mesmo”.

O que você tem aprendido com o seu personagem? Conseguiu absorver alguma característica dele no seu dia a dia?

Tem uma ingenuidade nele que eu acho muito bonita. Uma ingenuidade assumida. Então eu acho que talvez eu tenha, meio que inconscientemente, trazido isso para a minha vida. Tiveram as aulas de surf, que foi uma coisa bem objetiva e a gente aprendeu a surfar. Agora eu estou surfando mesmo, mas no início estava bem empenhado”.

Aulas de Surf

Você teve medo de se machucar durante as aulas de surf?

Não. Eu não tenho medo de mar. Eu sou cariocão, então sempre fui muito à praia como banhista desde criança. Mas a Maria Carol, por exemplo, foi muito bonito o processo dela. Ela tinha um pouco de medo do mar e agora surfa à beça”.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano.

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