Alinne Moraes revela desejo de interpretar vilã: “Eu estou louca para fazer”

Publicado em 29/10/2016

Em entrevista, Alinne Moraes contou um pouco de sua personagem em Rock Story, nova novela das sete da TV Globo.

A trama estreará em uma quarta-feira, dia 09 de novembro, substituindo Haja Coração, que termina um dia antes.

Confira o papo:

Personagem

“Diana cuida da gravadora junto com o pai. Ela é uma garota meio mimada pelo pai obviamente. Ele é ‘mãe-pai’ dela. Mesmo sendo muito protegida pelo pai, a personagem é muito séria com a gravadora. Ela vê longe. É meio uma visionaria. O pai fica um pouco preso ao passado. Aos artistas antigos da gravadora. Ela gosta de inovar. Quer lançar gente nova. Sabe? Ela e o pai se dão muito bem. Eles se completam. É bonito de se ver. Ela é apaixonada pela filha. No inicio da novela já mostra o desgaste da relação dela com o personagem do Vladimir Brichta, que faz o Guilherme. Ele é um roqueiro que fez muito sucesso. Eles são casados nesse inicio da trama. O desgaste dessa relação foi mais por causa dele. Por ele ser bem problemático. A Diana já está no limite. A personagem está tão desgostosa, que ela não se enxerga mais como mulher, e, sim, como profissional. Ela se vê mulher de novo, quando ela se apaixona por um garoto mais novo, que também é um lançamento da gravadora, e que está fazendo um grande sucesso, que é o Léo Régis, interpretado pelo Rafael Vitti. Ele realmente gosta dessa mulher. Ao lado dele, ela se torna uma menina novamente, uma nova Diana. Ela vai ficar bem dividida em relação ao casamento com o Gui. O amor não impede que você ame uma outra pessoa. É muito louco assim. São duas coisas completamente diferentes.”

Relação com a sogra mala

“Estou achando bem engraçado as cenas com a Ana Beatriz Nogueira. Ela vive a mãe do Léo Régis. Ela vai pegar no pé da Diana. Está sendo maravilhoso! Bem diferente de tudo que eu fiz na TV. Bem diferente da minha última personagem (da novela Além do Tempo), que eu tinha que acreditar que era uma noviça. Ela tinha vinte anos e estava se apaixonando pela primeira vez e tal. Na novela, a Ana Beatriz Nogueira fazia a minha mãe e agora faz a minha sogra. A gente já tem um casamento do último trabalho. A gente está trazendo isso para cá. Estamos batendo um bolão, com toda certeza. Não tenho problema nenhum de ser chamada de velha (a personagem vai ser chamada de papa-anjo pela sogra). Está sendo até divertido.”

Identificação com Diana

“Ela é muito ágil, muito rápida, muito prática, verdadeira, um pouco sarcástica, eu tenho um pouco disso. Eu gosto muito do Rock. Meu marido, meus amigos gostam muito desse estilo musical. Meu marido toca. As roupas dela combinam bastante com o meu gosto pessoal. Tem um pouco da minha vida. Eu vejo as roupas e falo: ‘sou eu!’. Eu me identifico muito como guarda roupa dela. É isso.”

Cabelo loiro

“É um cabelo novo. Já fiz algumas personagens que eram loiras. Faz muito tempo que eu não trabalho e isso muda bastante, né? Ser loira é um pouco estranho. Mas gosto também. Eu gosto de mudar. É bom! Quando você pega um personagem novo, é como se você mudasse o seu trabalho. Você acaba sugando um pouquinho desse trabalho novo. Então, o cabelo, a personagem, muda você um pouco. É isso.”

Convite para atuar novamente em novelas

“Acho que é a empolgação de quem me convida. Eu sou muito intuitiva. E, quando o Dennis Carvalho (diretor) me chamou, eu estava louca para voltar a trabalhar com ele. Fiz minha primeira protagonista com ele, uma novela das seis. A novela se chamava ‘Como uma Onda’, de 2004. Eu tinha uns vinte e poucos anos. Aprendi muito com ele. Estava louca para poder trabalhar com ele e voltar mais madura. Ele é muito divertido. Ele é muito ágil. Eu também sou muito ágil. Não gosto quando as coisas começam a demorar. Eu acho que o seu trabalho de estudo e de decorar você faz em casa. Aqui tem que vir pronto. Sabe? Tudo flui.”

Sua personagem é uma vilã?

“Eu espero que sim. A Nathalia Dill faz duas personagens, gêmeas. A grande vilã é uma das personagens dela. A minha personagem é muito verdadeira. Muito bonita, sabe? Eu me emociono muito com ela. Para você se emocionar, você precisa do outro lado de verdade. Se ela for uma vilã, ela é muito humana. Por enquanto não tem nada. Eu recebi até o capitulo 30. Ela não tem nada de mau dentro dela. Ela é vitima das consequências mesmo da vida. Sabe?”

Você tem vontade de interpretar uma vilã clássica dos folhetins?

“Eu estou louca para fazer. De verdade! Mas não é essa. Ela é muito bonita.”

Você perdeu alguma coisa da menina, de quando você começou na carreira, e da estrela que se tornou?

“Esse trabalho (ofício) é uma coisa certa que eu farei para o resto da minha vida. Personagens bons, para contar uma história, eu nunca imaginei. Isso foi acontecendo mesmo. Eu tenho uma assessoria que me acompanha, é só para poder acertar umas coisas. Eu não trabalho com eles juntos comigo, por exemplo. Eu não quero divulgar o meu trabalho. Eu quero que ele seja divulgado por ele mesmo. Compreende? Eu sempre fui assim. Eu acho que isso é o melhor. Não cria uma expectativa. Chegar onde eu estou? Nunca imaginei chegar desse jeito. Eu revejo sim, cenas minhas. Eu acho muito importante. Para ver o que eu perdi, o que eu ganhei, o que eu posso fazer diferente. Mas a idade conta muito. Você não perde nada. Você transforma tudo. São sempre ferramentas novas… Eu gosto de me ver. Às vezes sim, às vezes não. Mas as emoções que eu tinha naquele momento, eram para personagens naquela fase. A Clara de ‘Mulheres Apaixonadas’ (2003), se fosse hoje, eu teria outro peso, e as pessoas não curtiriam tanto. Aquela inocência era importante naquele momento. É isso.”

André RomanoENTREVISTA REALIZADA PELO JORNALISTA ANDRÉ ROMANO

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