“Acho que o público já pode comprar uma caixa de lenço maior”, brinca André Marques sobre nova temporada do The Voice Kids

Publicado em 28/11/2017

André Marques está se preparando para a terceira temporada do programa The Voice Kids, que estreia em janeiro na Globo. Durante o evento de promoção do reality realizado nos Estúdios Globo, o apresentador bateu um papo com nossa reportagem, e falou sobre sua trajetória como apresentador, além das novidades do programa.

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Como é para você voltar ao The Voice Kids?

Quando começa chegar a hora de gravar, eu fico ansioso e feliz. Já sei como funciona, fiz ano passado. Gerou certa desconfiança no início, mas deu tudo certo, e estou tranquilo. Mas não é tão simples assim, porque é como se tivesse começando um novo programa. Mesmo sendo o mesmo formato, mesmas regras, cada criança traz algo, uma energia diferente. Acontecem situações que só a pureza e doçura de uma criança podem lhe apresentar. Estou há 24 anos, na TV Globo, e esse programa realmente tem algo diferente.

E você acredita que ele tenha transformado você?

Com certeza! Sempre fui um cara muito ligado na equipe, entre câmeras e contrarregras, mas aqui a grande estrela é o programa. Todos estão aqui para reverenciar a música, que é apresentada para a gente através da doçura das crianças. Se eu ficar o resto da minha vida no The Voice Kids, e não fizer mais nada, vou fazer esse programa  feliz da vida.

A gente torce por várias crianças quando assistimos à atração em casa, imagino que você também deva torcer. Tem alguma que tenha encantado mais?

Eu torço para todas as crianças, inclusive, falei com o Boninho (diretor do programa) que esse negócio de virar a cadeira deveria acabar. Deveria ser todo domingo ao vivo, todos cantam, o melhor do dia ganha um presente, e os outros ganham um prêmio de consolação. Podemos fazer isso por 30 anos, duvido que não vai ser sucesso. Ele perguntou: “Você quer dirigir o programa?”. Os técnicos criam apego pela voz porque eles não vêem as crianças, mas eu entrevisto as 100 crianças antes delas subirem no palco, e vejo várias que penso: “Essa é igual a mim quando criança”. Eu sempre faço uma comparação com a Fórmula 1, porque mesmo o cara que chega em último lugar, ainda é um bom piloto, então acho que só das crianças estarem aqui, é uma vitória.

Quais são as surpresas dessa temporada?

Surpresas são a Claudinha (Claudia Leitte) que já faz parte da família The Voice, só mudou de casa, e a chegada da Simone e Simaria, que eu já havia entrevistado no É De Casa, e adorei conhecer. Acho que o público já pode comprar uma caixa de lenço maior, porque a temporada de 2018, vai precisar. Já estamos gravando. Posso garantir uma coisa, está emocionante.

Você está sendo bem elogiado no papel de apresentador. Como você recebe esses elogios?

Na verdade, eu não esperava ser apresentador e não tinha essa pretensão. Quando eu ia no programa do Faustão, ele pedia para eu fazer algumas matérias, e aí fui chamado para fazer matérias para o Vídeo Show, em 1999, e comecei a gostar, e de lá pra cá, fiquei apresentando o Vídeo Show, tantos anos, que quando fui perceber, estava no Superstar. Dentro da mesma empresa fiz várias coisas, inclusive tive vontade de parar, porque estava triste, estava gordo, e como todo mundo, também tive esse momento de altos e baixos. Quando fui escolhido para substituir a Ana Maria Braga no Mais Você, me senti prestigiado por estar ali, tamanha responsabilidade, porque mesmo estando no lugar de alguém, como entrei no lugar do Tiago Leifert no The Voice Kids, eu sinto que a grande estrela não é o apresentador, e, sim, o produto. Somos um time, de uma grande estrela maior que é a empresa. Se você fizer o bem, e se dedicar ao que você fizer, as coisas vão fluir. Sou um tipo de cara que não consegue fazer charme, mesmo os assessores em cima da gente dizendo: ‘toma cuidado com isso e com aquilo’, eu falo tudo o que tenho vontade de falar. Eu não consigo pensar: ‘Vou falar isso porque vão achar bonito, ou vou postar isso, porque vai dar um efeito’. Não tenho essas paradas.

Há tempos atrás, o público acreditava que você seria o Mocotó, seu personagem em Malhação, para sempre, e o Boninho viu em você um apresentador. Como é isso para você?

Eu tenho uma gratidão enorme ao JB. Foi o Boni, pai do Boninho, que aprovou meu teste em Malhação, e era ele quem dirigia a novela na época, e eu dizia: “Você vai ter que me aturar pro resto da vida Boninho, foi o seu velho que me aprovou”, e nos caminhos da vida nos encontramos no Vídeo Show, quando ele assumiu a direção. Ele pegava muito no meu pé, muito mesmo, de eu não querer ouvir o nome dele, e todo mundo dizia: “Se ele pega no seu pé, é que ele gosta de você”. Aí fui conversar com ele, e ele disse que eu tinha potencial, então fui aprendendo a lição. Ele me ajudou muito como pessoa, em como administrar dinheiro, e essas coisas, apostou em mim. Quando surgiu o The Voice, eu já estava no É de Casa, e especularam vários nomes de pessoas feras para apresentar, e tanto o Boninho, como a TV Globo, acreditaram em mim. Sei que tenho minha dedicação, e agradeço toda a confiança que ele tem em mim.

Eu fiz uma pesquisa e tanto o seu nome, como o da Ana Furtado, são apontados como artistas que as pessoas confiam caso estejam fazendo alguma publicidade. Existe essa credibilidade em cima de vocês. Você tem feito bastante publicidade?

Eu faço algumas coisas muito pontuais, porque senão, a gente acaba fazendo muita coisa, então, faço principalmente aquilo que confio. Essa coisa da credibilidade, eu acho que sei o que é. Tanto a Ana, como eu, somos pessoas de verdade, não ficamos fazendo personagens para agradar os outros. Conheço muita gente que cria personagem, mas não posso falar aqui, então creio que o público acaba percebendo com o tempo, quem é de verdade, e quem não é.

Minha avó sempre diz, quem gosta de animais e crianças são pessoas boas, e você gosta, não é?

Cara, eu nasci numa casa que sempre teve bicho, ganhei meu primeiro cachorro aos 6 anos de idade, e sempre gostei de criança porque sou de uma família que tem um monte de primos. E, eu amo os animais. Eu tenho o Cane Corso, foi o Fausto Silva que me deu há 20 anos, e estão comigo até hoje, inclusive, acabei de ter ninhada em casa. É isso.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano.

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