Amor de Mãe

“Uma experiência muito gostosa juntos”, afirma Antônio Negrini sobre estreia ao lado do pai em Amor de Mãe

O rapaz está fazendo sua estreia ao lado do próprio pai

Publicado em 11/11/2019

Prestes a estrear em sua primeira novela e na TV Globo, Antônio Benício Negrini, filho dos atores Murilo Benício e Alessandra Negrini, está no elenco de Amor de Mãe. Na trama ele viverá Vinícius, filho de Raul, personagem de seu próprio pai na vida real.

Em entrevista ao Observatório da Televisão, o ator falou sobre como está sendo sua expectativa para a estreia, o trabalho ao lado do pai e também contou um pouco mais sobre seu personagem. Confira:

Você já faz teatro, mas essa é sua estreia nas novelas. Uma coisa muito boa é que sua estreia será ao lado do seu pai, como está sendo isso?

“Eu fiz um trabalho com o José Luiz Villamarim, Onde Está Meu Coração, é uma minissérie que não lançou ainda, ele estava envolvido no projeto e me chamou para fazer parte da novela depois. O projeto eu entrei como teste e na novela eu entrei como um convite.”

Filho do pai

Quando ele te convidou você já sabia que seria filho do personagem do seu pai?

“Não sabia ainda. Foi muito por alto, a gente estava começando a ensaiar. Eu soube umas duas semanas depois, foi no meio da minissérie.”

Como foi sua reação ao receber esse personagem?

“Eu liguei para ele e avisei que tinham me convidado, porque ele ainda não sabia.”

Quando você começou a atuar?

“Comecei quando fui morar em São Paulo, moro lá já fazem cinco anos e fui para estudar cinema. Fiz faculdade de cinema e acabei mudando para artes visuais, em paralelo eu fiz artes visuais. Eu fui largando porque o teatro me ocupou muito tempo fora, decorando texto e foi um momento que começou a bater muito com a faculdade. Eu tive que parar um dos dois e infelizmente parei a faculdade. Foi nisso, um curso, eu estava fazendo cinema, um primo me falou do curso de teatro e eu fui lá.”

Você queria ser diretor de cinema inicialmente? Como foi quando você contou para os seus pais que seguiria essa profissão?

“Eu adoraria ser diretor, se tiver a oportunidade no futuro eu adoraria. A relação com os meus pais sempre foi baseada no cinema e no audiovisual, então não foi nenhuma surpresa, porque eu nunca pensei em fazer qualquer outra coisa que não fosse relacionada a isso. Realmente eu fui me descobrir ator um pouco mais tarde do que o meu pai, por exemplo, que começou com doze anos de idade. Mas não foi uma coisa inesperada, porque eu já estava cursando metade da faculdade de cinema.”

Personagem

Você não gravou ainda, mas o que você já sabe do seu personagem?

“Ele está estudando no Canadá, vem para o Brasil, no que seria uma visita familiar, mas na verdade ele tem outros planos. Tem esses interesses ambientalistas por trás.”

O Vinícius é uma pessoa legal?

“É ótimo, é uma pessoa divina.”

Você tem conversado com seu pai e pedido algumas dicas?

“Tenho conversado com ele sobre isso, desde todos os anos que eu convivo com ele. Fui nas gravações de todas as novelas e filmes que eu pude ir. Já trabalhei com ele no cinema em um filme que ele dirigiu, por trás das câmeras, tanto ele como eu. O segundo filme dele infelizmente eu estava em peça e infelizmente não pude acompanhar diariamente. Mas é uma coisa diária, se você for um dia em casa, percebe que esse é um assunto diário.”

Você já pensou na direção de novelas?

“Nunca pensei nisso, até por ser um universo mais distante do que eu conheço. Mas, quem sabe?”

Expectativas

Como está sua expectativa para essa troca com seu pai?

“Acho que são boas as expectativas, eu estou aberto a novas experiências. Eu tive muitos professores e professoras nessa área, mas pouquíssimos tão experientes quanto ele, pouquíssimos com tanto portfólio, com tanta experiência no teatro e na televisão. Eu espero que cada dia seja uma aula diferente.”

Você se sente carregando uma responsabilidade por ter uma mãe e um pai que são atores excelentes?

“Acho que a comparação é inevitável, mas eu acho que no teatro a gente pensa na interpretação um tanto diferente, tanto meu pai quanto a minha mãe. Realmente, isso não tem como fugir. A gente vê coisas diferentes, a gente tem influências diferentes, temos ideias diferentes do que é cinema, teatro, televisão e isso reflete no trabalho.”

Relações

A novela fala de amor de mãe, como é sua relação com a sua mãe?

“Eu acho que não só como profissional, a minha mãe é artista o tempo todo, grande parte do meu conhecimento artístico vem dela e isso faz muito parte da nossa relação. A gente vai muito para o teatro juntos, a gente discute a respeito, eu moro com ela ainda e a gente tem uma relação de cumplicidade muito grande.

Ela sempre me apoia desde sempre, desde muito novo eu sabia que trabalharia com arte, nunca tive outro plano de vida que não fosse esse. Ela sabendo que é uma profissão muito difícil, principalmente no Brasil, sempre foi muito disposta a me ajudar no possível. Tanto com apoio moral, como financeiro.”

Você gostaria de atuar com ela também?

“Adoraria, talvez não como filho, mas eu adoraria.”

Estrear em uma novela com o Murilo ao seu lado, não só como ator, mas também como profissional. Isso dá um alívio?

“Eu sinto, acho que sentiria mais se fosse meu primeiro trabalho na Globo, porque no primeiro eu estava completamente sozinho. Eu não conhecia ninguém e foi mais complicado nesse sentido. Esse foi o maior trabalho e estar do lado do meu pai realmente é importante.

Minha mãe me falou uma coisa que eu jamais vou esquecer: ‘Interpretar com uma pessoa é uma dança, é uma cumplicidade’. E meu pai é muito cúmplice, ela falou que eu vou adorar trabalhar com ele. A gente tem ideias diferentes sobre mundo, mas como parceiros a gente vai ter uma experiência muito gostosa juntos.”

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano.

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