Nicette Bruno fala sobre sua personagem em Órfãos da Terra: “Ela tem a base e o fundamento da vida no interesse”

Publicado em 18/03/2019

A atriz Nicette Bruno está de volta às novelas da TV Globo, dessa vez ela será Ester, uma senhora judia possessiva e interesseira, em Órfãos da Terra. A personagem vive em função de encontrar um casamento para seu filho Abner (Marcelo Médici), com alguém que tenha dinheiro. Em entrevista ao Observatório da Televisão, a atriz deu detalhes da trama de sua personagem e falou sobre sua carreira. Confira:

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O que você pode nos contar sobre a Ester?

A Ester é uma judia que tem a base e o fundamento da sua vida no interesse. O dinheirinho é importante, tudo depende do dinheirinho. Ela quer que o filho se case com a dona da floricultura, para que amanhã ele seja dono da floricultura.

Trama

O que você acha dessa história da novela?

Tem que ser muito sérias e seguras como autoras para encararem um tema desses, e saberem como conduzir. Eu fico muito feliz de estar participando desse trabalho. Por enquanto, o meu lado é um lado mais de humor, mas vamos ver o que vai acontecer.

É uma trama que mexe com refugiados, com a mulher… Como é para você?

Por isso que no começo o foco é esse. Depois de um determinado número de capítulos é que começa a ter um humor para ter um suspiro. Esse lado de humor, embora tratando de coisas sérias que é a relação mãe e filho, mas levado para o lado da comédia.

Carreira

O que a senhora aprendeu durante esse tempo todo com a sua profissão?

Aprendi tudo e continuo aprendendo, isso que é fantástico na vida e a nossa profissão se fundamenta nisso. Nos dispersonalizamos para podermos vivenciar pessoas diferentes e isso permite que a gente possa conhecer um pouco o ser humano. Por isso às vezes olhamos uma pessoa triste e ficamos imaginando o que será que está acontecendo ou o que aconteceu com aquela pessoa. Porque talvez a gente já tenha vivenciado em algum personagem situações semelhantes, então aprendemos a não julgar, análisamos fatos e atitudes para um crescimento humano e é isso que a profissão nos proporciona.

A sua geração começou quando a profissão era marginalizada, o que a senhora falaria para a Nicette no início da profissão, para ela sobreviver nesse mundo tão machista?

Eu diria: ‘Viu como foi importante você ter seriedade no seu projeto de vida? Foi importante porque você exercitou, você estudou, você aprendeu a ser uma melhor criatura que se relaciona com as outras pessoas de uma forma diferenciada’. Então estou chegando a esse momento de vida, com essa trajetória toda exercitada e vivida para poder enxergar o mundo de uma maneira diferente.

Arte

A arte não é tão valorizada no Brasil. Como é para a senhora que a maior parte dos seus filhos seguiram os seus passos e do seu marido?

Eu acho que nosso exemplo serviu para entusiasmar os filhos, netos. Todos eles não se iludiram, não deixamos que eles se iludissem, eles conheciam as dificuldades e nós fizemos questão de transmitir para cada um deles, as dificuldades que tínhamos através da profissão, para que eles não se iludissem. Fizemos todos eles passar por testes vocacionais, para saber se era realmente aquilo que eles queriam e que tinham vocação para fazer. Então nos tornamos uma família de artistas interessados na profissão, encarando com seriedade e todos nós fazemos isso com muito amor.

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