Hugo Bonemer fala sobre suas referências para o Show dos Famosos: “Eu cresci escutando o que tocava na rádio”

Publicado em 25/03/2019

O ator Hugo Bonemer é um dos artistas convidados para a nova edição do quadro Show dos Famosos, grande sucesso do Domingão Faustão. O ator falou em entrevista ao Observatório da Televisão sobre estar bastante feliz com um convite desse nível, logo depois de ter se assumido gay. Hugo também falou sobre seus próximos trabalhos. Confira:

Como surgiu esse convite para você?

A Roberta que é a produtora de elenco, entrou em contato comigo dizendo que a TV Globo tinha uma proposta. Eu não fazia ideia do que era. E aí eles me chamaram para uma reunião em São Paulo e me falaram que queria que eu fizesse o show.

Escolhas musicais

Dentro da lista de artistas escolhidos para homenagem, quantos tem na sua lista?

Na lista de todos são oito artistas. Contando com a apresentação que faremos em conjunto, serão nove artistas para cada um, todas intercaladas.

Como são suas influências musicais?

Eu sou um cara que fui criança nos anos 90 e adolescente nos anos 2000. Então minhas referências musicais basicamente são daí. Eu cresci escutando o que tocava na rádio, tinha muito rock, estava renascendo o pop adolescente, mas claro que existem coisas mais antigas e que já foram feitas. Eu não posso repetir.

Como é para você a questão de ser julgado e receber criticas?

Igual qualquer pessoa (risos). Ser criticado, ser julgado é muito difícil e ter que entrar no programa falando que falando que estou preparado para ouvir a crítica, óbvio que eu não vou estar, eu vou ouvir e ficar indignado ou triste como qualquer pessoa.

Preconceito

Você sofreu algum tipo de preconceito depois que você fez uma revelação, quis dividir e abriu a cabeça de muita gente?

Tem coisas que não vale a pena ser repercutido, acho que tem situações que aconteceram e não vale a pena jogar para frente. Aconteceram mais coisas positivas do que negativas na minha vida desde então. Uma das coisas é que eu não esperava fazer parte do programa. A princípio, eu pensei que por ter falado abertamente, um convite como esse não aconteceria na minha vida e aconteceu, mas é inesperado. Fazer um programa como esse, depois de ter falado abertamente… Mas o maior protesto que eu posso fazer é dar o melhor de mim, agir naturalmente em relação a todas essas circunstâncias.

O discurso contundente funciona, mas não funciona para todo mundo. Às vezes tem pessoa que você tem que pegar na mão e falar que não precisa ter medo de você. Tem muita gente que nem eu, as pessoas nascem diferentes. Se o seu filho de dez anos de idade virar para você e quiser contar alguma coisa, não é culpa sua, ele já nasceu assim. Dá uma olha no que a ciência fala hoje sobre isso, releia o seu livro sagrado para ver que ele aponta exatamente a chegada de uma pessoa que veio para mostrar que o mundo pode ser mais fácil. Foca nessa parte, é tão bonita essa parte. Porque você vai focar na parte que separa a gente, que faz a gente se odiar? A gente não precisa mais disso.

Teatro

A gente vê que você se dedica bastante ao teatro, recentemente esteve com o musical Yank!, agora vai estar em um quadro de sucesso. Como é para você?

É um presente e é legal você falar de Yank!, porque uma das expectativas que eu tenho é levar ele para São Paulo. Eu gostaria muito que a participação no programa pudesse viabilizar de alguma forma, trazer o Yank! Para São Paulo. A princípio, ele foi muito bem recebido no Rio. Fez muito sucesso com o público e a crítica também, mas a gente quer chegar com mais potência em São Paulo. A gente quer chegar com patrocínio. Eu não consigo segurar um elenco lá, nós tínhamos cinco músicos, aqui vai ser uma orquestra de 25. Teve espetáculos que nós começamos só com o pianista. Porque os outros quatro não podiam chegar por estarem fazendo um outro trabalho que pagava eles, ninguém estava recebendo para fazer.

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