“O Bem Estar já salvou muita gente, inclusive eu”, revela Fernando Rocha

Publicado em 19/09/2018

Único Pais no mundo a contar com uma ampla rede de atendimento gratuita para uma população com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil ainda patina quando o assunto é prevenção e tratamento. A corrupção e a má gestão colocam o SUS, Sistema Único de Saúde, em colapso.

Bem Estar

Diariamente a TV promove entrevistas com médicos e especialistas para falarem dos mais variados temas, afinal a prevenção de doenças é o melhor caminho. Lançado em 2011, o Bem Estar é um bom exemplo de como a televisão pode contribuir para a disseminação de assuntos tabus como sexo, suicídio, obesidade, gravidez, câncer, entre outros.

Parceria

Em entrevista ao Observatório da Televisão, Fernando Rocha, par de Mariana Ferrão na atração das manhãs da Globo, revelou como o jornalístico vem ajudando milhares de pessoas a criarem hábitos mais saudáveis, inclusive ele que foi convidado a integrar o programa justamente por estar acima do peso.

“Metade da população está acima do peso. Fui chamado pra fazer o programa justamente por representar essa população. Durante quatro anos eu achava normal, mas fui tendo consciência de que eu tinha que mudar, essa mudança tinha que vir de dentro pra fora. Eu entendi isso”, afirmou Fernando.

Protagonismo

Em 2015, o matinal mostrou como o jornalista conseguiu eliminar quase 20 quilos em dois meses no quadro #AfinaRocha. Fernando contou com uma equipe especializada e com muita força de vontade saiu dos 110 kg para 92 kg contando com uma dieta balanceada que evita o consumo de açúcar, batata, farinha e arroz.

Autor

Nossa equipe bateu um papo com Fernando durante o lançamento de Na Medida do Possível, editora Best Seller, no último sábado, 15/09, em SP, onde Rocha abre o jogo sobre o esforço para emagrecer, a depressão, e suas experiências na Dança dos Famosos e na corrida São Silvestre.

Confira!

O Brasil tem um déficit gigantesco quando o assunto é saúde. E o Bem Estar, de certa forma, preenche essa lacuna levando dicas para regiões distantes e até mesmo para a população de grandes capitais como São Paulo. É uma grande responsabilidade?

Grande. A nossa missão é a informação útil sobre saúde. Estamos há oito temporadas no ar. A nossa premissa é informação útil sobre saúde. Temos muito orgulho em dizer que já salvamos muita gente. Não só com a programação diária, mas também com o Ação Global nas cidades. Não é exagero dizer que já salvamos muitas vidas nessa nossa trajetória.

Nessas viagens que você faz pelo Brasil com o Ação Global, séries de eventos em parceria entre a Globo e o Sesi, alguma história já te emocionou?

Muitas. Histórias assim a gente tem muitas.

Histórias

Alguma em especial?

Câncer de pele na Bahia [região castigada pelo sol, o Nordeste]. É um paradoxo. Vários casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Recentemente o Brasil registrou um aumento no número de casos de DSTs, HIV. Sífilis, doença que tem cura. Pessoas são diagnosticadas e procuram um tratamento.

A geração de pais na faixa dos 20/30 anos se mostrou um tanto relapsa em relação às vacinas justamente por acharem que doenças como sarampo, paralisia infantil estavam extintas. É aí que entra a importância do Bem Estar?

Exatamente. A gente também fica preocupado em avisar que a vacina não causa problemas. Tem sempre essa corrente, boatos, as mães ficam preocupadas. A nossa função é didática também.

A linguagem do programa também é um diferencial…

O Bem Estar está ali entre a Ana Maria Braga e a Fátima Bernardes, as nossas vizinhas poderosas. O Bem Estar é pequenininho, modesto… Propaga: ‘Eu vi no Bem Estar’.

Orgulho

Bate um certo orgulho por levar ao público informação com qualidade sem sensacionalismo?

Sim, compartilho com minha equipe. Tenho muito orgulho. Sou muito espiritualizado, sou um jornalista que tem essa missão.  Você é jornalista, você sabe… A vida te leva. É uma missão mesmo. Tenho orgulho demais.

Começo

Se recorda do começo do Bem Estar, do convite, da proposta?

Claro. Tem dez anos. É missão mesmo. Tenho orgulho demais de ouvir relatos como: ‘Tem uma velhinha, 95 anos, de Copacabana, que é cega, e ela só toma os remédios quando ouve a sua voz.  Tem uma senhorinha lá em Belém do Pará que acha que namora você…’. São relatos de pessoas que se acalmam quando me veem. Sou muito feliz, tenho muita gratidão.

Como surgiu a proposta do livro?

O livro é o resumo de tudo o que a gente falou. Três coisas básicas de pessoas como eu que tinham muita vontade de fazer: correr, emagrecer e dançar.  E que a televisão traz um pouco isso.

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A vida é todo dia ! Viva o trimilique!!!

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O fato de você apresentar um programa de saúde [a sociedade pressiona para que as pessoas emagreçam por questões estéticas]…

Metade da população está acima do peso. Eu fui chamado pra fazer o programa justamente por representar essa população. Durante quatro anos eu achava normal, mas fui tendo consciência de que eu tinha que mudar, essa mudança tinha que vir de dentro pra fora.

Saúde

Não foram questões estéticas?

Não, não. Eu entendi isso. Eu corri a São Silvestre, participei da Dança dos Famosos. Dançar, correr, emagrecer são coisas muito queridas que eu consegui com a ajuda da televisão, dos telespectadores de certa forma.

Foi difícil encontrar o formato ideal do Bem Estar?

Foi difícil encontrar um rumo, uma cara pro programa, mas ao mesmo tempo a gente poderia dar a cara que a gente quisesse. Se o corpo humano fosse um mundo, a gente já deu várias voltas ao mundo.

Mariana Ferrão

Imagino que você tenha uma candidata favorita na Dança dos Famosos. Pode me contar quem é ela?

Ahhh, você já sabe. Mariana! A Mari é minha grande inspiração, é minha irmã mais velha, embora seja mais nova, me dá muitos conselhos.  Torço muito por ela. Ela tá com tudo, com muita confiança. Ela tem tudo [pra ganhar].

O que o público pode esperar do Bem Estar?

Temos o Bem Estar Global. Tenho a maratona nos Alpes da Suíça, O Sobe Rocha, maior desafio físico que jamais pensei em realizar.

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