Tais Araújo fala sobre o desafio de apresentar o reality PopStar: “É tudo muito novo”

Publicado em 24/08/2018

Tais Araújo estreia como apresentadora da segunda temporada do reality musical PopStar, que volta ao ar em 16 Setembro. Ela comandará a atração ao lado de Tiago Abravanel e se disse bastante empolgada em entrevista ao Observatório da Televisão.

A segunda temporada contará com as participações de Carol Trentini, Eri Johnson, Fernando Caruso, Fafy Siqueira, Jeniffer Nascimento, Jonathan Azevedo, João Côrtes, Lua Blanco, Klara Castanho, Malu Rodrigues, Mouhamed Harfouch, Samantha, Sergio Guizé e Renata Capucci.

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Como está sendo apresentar o PopStar?

É tudo muito novo. Eu já chorei, já fiquei desesperada. Alguém se apresenta e parece que fui eu que me apresentei, porque eu vou falar com a pessoa e estou super ofegante, nervosa.

E sobre a reação da internet, os memes… O que você espera?

Eu faço careta o tempo inteiro, então eu sou uma fábrica de memes. Eu sou muito “careteira”. Não estou preocupada com isso.

Você é uma mulher a frente de seu tempo e sempre saiu da sua zona de conforto. Como é para você esse convite?

Esse ano eu faço 24 anos de carreira, no final do ano eu faço 40 anos, eu comecei a trabalhar muito menina. De repente aos vinte e poucos anos de carreira, vem uma proposta bastante diferente e eu logo pensei em aceitar. Primeiro porque eu amava o programa e eu assistia muito, quando o Boninho me ligou eu nem acreditei, mas aceitei.

Tais Araújo fala sobre escolha para apresentar o PopStar

Porque você acha que eles pensaram em você para apresentar?

Não sei, o Boninho falou muito do Mister Brau, que tinha uma coisa de música e com o público também, acho que isso é uma pergunta que a gente tem que fazer para eles. Eu nem perguntei, só aceitei e aí quando eu vi já estava aqui fazendo, sem ter a mínima noção de como faria. A experiência que eu tenho apresentando é de quatro anos com o Super Bonita, mais uma temporada inteira do Saia Justa, mas não com plateia, não no esquema reality. A única experiência que é parecida com o que eu fazia é o TP.

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Quanto tempo o Pop Star toma da sua agenda?

Não toma muito tempo, toma de quem está competindo. Quem está competindo tem ensaios e tudo mais, eu venho um dia antes de gravar, ensaio, passo TP e só.

Então você consegue lidar com outros projetos, porque tem a série Mister Brau, né?

Não satisfeita de estar fazendo o PopStar, a gente também está fazendo uma série que se passa na Amazônia e em São Paulo, mas a gente ainda não começou a gravar.

Você está cotada para uma novela das nove da Manuela Dias, certo?

Isso, também. A série eu vou fazer em paralelo com o PopStar, quando o programa estrear eu estarei na Amazônia e irei vir para fazer o ao vivo.

A gente pode esperar você cantando?

Não vai ter não. Eu estava gravando umas chamadas, cantando e aí o Boninho soltou no meu ouvido: “amor você não é cantora”. Não vou cantar, dá até vontade de cantar, mas eu não sei mesmo.

Competição

Você participaria de um reality nesse estilo?

Gente, eu detesto competição. Eu não tenho emocional para participar de uma competição dessas eu acho eles muito corajosos, eu não conseguiria participar de nada, de uma dança dos famosos. Eu não tenho esse desprendimento, eu sou muito medrosa. Eu adoro correr riscos, mas esse risco aí, pelo amor de Deus.

Hoje qual o seu maior desafio?

Profissional eu acho que é estar nesse lugar novo, personagens com uma temperatura diferente do que eu estou acostumada e ir para novos caminhos. São muitos anos trabalhando e agora acho que estou em uma idade em que as coisas vão abrir mais, vão surgir novas coisas, personagens mais maduros, uma proposta dessa como a do Pop Star. Acho que estou numa idade que é bem a idade da virada, acho que agora eu vou ter a oportunidade de experimentar coisas novas.

É errado dizer que você está feliz fazendo 40 anos?

Não, é certíssimo! Eu estou achando um luxo fazer 40 anos. É maneiro, passou tão rápido e eu estou emocionada, feliz e muito orgulhosa do que eu construí. Eu estou construindo uma família que é tão legal, tenho uma carreira que é tão legal, minha relação com os meus pais é tão legal, minha relação com a minha irmã é maravilhosa. São 40 anos que tem dificuldade, não é só glória, tem as dificuldades, mas as dificuldades estão na vida de todo mundo e a gente vai aprendendo com elas também, se fosse só flores não teria aprendizado.

Programas ao vivo

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Você já está preparada para os programas ao vivo?

Não. Gente, acho que eu nunca estarei. Ao vivo com plateia é muito difícil, mas vamos lá.

Você acha que essa sua representatividade te faz se sentir no dever de passar esse tipo de valores?

Acho que no país que a gente vive, não dá para fingir que está tudo bem para todo mundo, porque não está. Eu tenho que agir com responsabilidade. Acho que não é obrigação de todo mundo, mas eu como artista me vejo nessa posição. Eu tenho prazer em fazer isso e acho que eu tenho que refletir o meu tempo.

A sua nova série deve ser direto para o Globo Play, o que você acha desse novo momento dessas novas possibilidades?

Está tudo mudando, né? Tem hora que a gente para e pensa: “Meu Deus do céu! Onde é que isso vai parar?!” Eu acho que está acontecendo isso em todo o sistema de comunicação, cada um com a sua natureza, os canais de televisão, as revistas, os jornais e aí vai para a internet. A internet não tem muitas linhas definidas, mas se a gente olhar a gente consegue ver que tem personalidades, quando eu falo personalidades eu falo de identidades de canais. Eu acho ótimo, mas cabe a gente se reinventar.

Dramaturgia

Nessa de se reinventar, existe a possibilidade de você seguir o caminho da Fernanda Lima e largar completamente a dramaturgia?

Nunca! Eu sou atriz, gente. A Fernanda não era atriz, ela tentou ser e viu que não gostava, que gostava de apresentar. Pode ser que eu conjugue as coisas, porque eu adorei. Mas eu não vou deixar de ser atriz, eu amo o teatro, eu já estou me coçando porque parei a minha peça e já estou pensando em outro espetáculo de teatro.

Você tem alguma familiaridade com a música? Que ritmo você prefere?

Eu gosto de tudo! A minha playlist é uma loucura, vai de Maria Betânia, passa ali pelo Ferrugem, depois vai nos Beatles, vai para a Beyoncé e encosta ali no Roupa Nova. Eu escuto de tudo mesmo.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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