Interpretando um surfista em Malhação – Vidas Brasileiras, o ator Eike Duarte conta em entrevista ao Observatório da Televisão como tem sido viver o personagem Álvaro Borges na trama. Cheio de mistérios, o personagem é estudioso, gosta de mar, é dono de uma simpatia e tem um ‘Q’ de timidez que acaba gerando bastante assunto entre seus colegas.
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Como tem sido viver essa fase no trabalho?
É muito gratificante porque foram oiro anos de batalha, oito anos de testes para Malhação. Bati muito na trave, e assim fui aprendendo muito. Mas tudo aconteceu da melhor forma, Deus quis assim e foi muito bom.
Conta mais sobre o personagem?
Álvaro Borges, é um surfista apaixonado por literatura, ele não é do Sul mas ele está vindo de lá. Por conta dessa paixão pela literatura ele acaba sendo destaque nas aulas da Gabriela (Camila Morgado), e com o tempo ela percebe que ele tem algum mistério.
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Sobre esse mistério o que você adiantar?
Não dá pra adiantar nada. É segredo, você tem que assistir! (risos)
Como tem sido a relação com os atores equipe?
Eu entro no capítulo no 109. Foram oito anos de testes consecutivos, eu fiz workshop para Malhação onde fui até a final, então, conhecia todo mundo de lá e uma parte da equipe também. Acabou que fiz um outro trabalho na Globo que se chama “Se eu Fechar Os Olhos Agora”, que ainda não foi ao ar. O nome dele é Antônio, filho do Paulo Rocha, ator português.
Ele é um jogador de futebol que vai se envolver com uma historia forte de racismo. É um personagem que foi marcante pra mim porque é meu primeiro personagemna minha maioridade. Foi um marco pra mim.
Você faz um surfista em Malhação e fez um jogador de futebol em Se Eu Fechar Os Olhos Agora. Você domina esses esportes?
Eu dei sorte porque gosto dos dois, domino os dois e é incrível. São os presentes que a carreira nos dá.
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Você tem ídolos nesses dois esportes?
Ronaldinho Gaúcho no futebol. E no surf meu ídolo é um grande amigo que eu chamo de ‘pai padara’, que é o Teco Padaratz, que foi o primeiro brasileiro a ganhar do Kellin Slater.
Você chegou a pensar em desistir da profissão?
Nesses oito anos teve momento em que passou sim na minha cabeça que não rolaria. Mas começou a pesar o lado da minha profissão. Eu não conseguia me ver fazendo outa coisa. Meu primeiro trabalho foi aos 6 anos, é uma paixão que vai para a vida toda.
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Existiu muita ansiedade e tristeza e muito aprendizado também. Aprendizado foi o que mais rolou nisso tudo. Há preconceito quando aos atores mirins não conseguir passar a imagem de maioridade, teve um momento em que eu não era um garotinho e nem um homem adulto. É um momento critico que a gente passa. É difícil de trabalhar nessa fase, mas, foi um tempo legal porque me dediquei mais aos estudos.
Sua participação nos programas da Xuxa e na novela Em Família foi o start?
O lance da Xuxa até hoje, sou lembrado até hoje. Xuxa marcou a infância de quase todo mundo. A novela Em Família eu acho que eu não consegui virar essa página, participei na primeira fase mais novo e depois ainda passavam flashback durante a novela inteira, mas não consegui virar essa página infantil.
“Sofri muito bullying por causa dos trabalhos com a Xuxa”
Com a responsabilidade de dividir estudos e trabalho eu consegui amadurecer mais rápido e aprendi a lidar com isso, tirei de letra depois. Não me arrependo mesmo desses trabalhos, ela foi quem abriu as portas pra mim e consegui mostrar o meu talento. Sou grato para sempre.
Participação em Malhação é uma entrada de vez?
Sim, estou chegando agora e me adaptando, mas, já tem bastante cena e muita história para contar. Cada dia eu descubro coisas novas dele, é um tema muito atual, queria muito adiantar, mas não posso.
Como é contracenar com grandes mulheres no elenco?
Muito bom, desde a nossa diretora até a nossa autora. Estamos vivendo um grande momento de girls power, que é incrível. A pessoa que eu mais admiro na minha vida, independente de gênero, é a minha mãe. As mulheres são inspiradoras. Além do instinto materno, a mulher te acolhe bem, coisas que o homem não tem.
E como foi quando você recebeu a informação de que você estava no elenco?
Foi demais! Só a gente sabe a luta que é. É difícil falar. É muita felicidade porque vê que nada foi em vão. Tudo tem sua hora, você não pode deixar de acreditar nunca. No fundo tinha alguma coisa me dizendo que era este o caminho.
“Tudo tem o seu momento”
Me ligaram, no momento eu estava com a minha mãe, só estávamos nós dois em casa. Eu comecei a chorar na hora e abracei a minha mãe. Neste momento meu pai estava entrando em casa, ele me abraçou, eles me apoiaram muito. Foi uma conquista nossa.
Como está a rotina?
A rotina mudou. Eu gosto muito me exercitar, de fazer academia, surf e estudar. Estou sempre lendo. Estou numa fase de muito foco na minha vida, estudando muito, dormindo e acordando sendo Álvaro.