Atuando com Adriane Galisteu, Leo Bahia comemora papel em O Tempo Não Para: “Acredito no destino. O que é nosso vem”

Publicado em 29/08/2018

Com experiência em musicais e uma carreira de quase dez anos no teatro, Leo Bahia, 27, agora enfrenta os desafios da televisão. No ar em “O Tempo Não Para” (Globo) como o produtor de moda Igor, assistente de Zelda (Adriane Galisteu), o ator bombou em sua primeira aparição na novela, em que a chefe o chamou de POC – termo que se refere aos gays que andam de salto alto e fazem o barulho ‘poc, poc, poc’ no chão. A cena virou até meme nas redes sociais.

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“Igor ganha o lugar de conselheiro da Zelda. Ele tenta aconselhar para que ela faça as coisas certas, mas ela realmente não entra na dele. Estou adorando os desfechos. Estão engraçados. Nos próximos capítulos da trama, o Elmo também pede a ajuda do Igor”, afirma, fazendo suspense sobre o motivo.

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Em entrevista ao Observatório da Televisão, Leo revelou que antes de se dedicar ao teatro, pensou em cursar Medicina. No entanto, a arte acabou falando mais alto. No bate-papo, ele também conta como surgiu o interesse pela TV e o convite para a novela das 19h da Globo.

Rock Story antes de O Tempo Não Para

O ator chegou a fazer uma participação de quatro capítulos em “Rock Story”, em 2017. Ainda este ano, vai estrear na série “Baile de Máscaras”, da TV Brasil, com direção Flavio Tambellini. Em 2019, estará nas telonas em dois filmes: “Ela é o Cara”, dirigido por Leandro Neri e “Chacrinha – O filme”, com direção de Andrucha Waddington.

Confira a entrevista na íntegra:

Como foi que você se interessou por teatro?

Sempre gostei muito de teatro de cantar. Cheguei a pensar em fazer Medicina, mas acabou que não rolou. A partir do momento que fiz uma audição da peça O Despertar da Primavera, em 2009, com 18 anos, eu percebi que levava um jeitinho para isso e comecei a estudar. Entrei na faculdade de Música, a partir daí fui para o teatro musical e comecei a me interessar principalmente por audiovisual: cinema, série…

Por que pensou em cursar Medicina?

Eu acho que justamente porque minha família é toda do meio das artes, inclusive minha irmã, que canta e tem um projeto de música eletrônica. Minha mãe é psicóloga e formada em artes cênicas e meu pai é produtor musical. Foi ele quem lançou Legião Urbana e Cássia Eller. Acho que eu quis fugir disso por um tempo.

Quando surgiu o seu interesse pela TV?

O interesse pela TV surgiu quando percebi que era algo que não estava tão longe, porque antes eu achava que era algo muito distante. Achava que era só para gente muito bonita, sei lá. Eu achava que era algo fora do meu universo. Quando eu comecei a perceber que muitas pessoas que estão na TV vêm do teatro, comecei a me interessar muito.

A Poc da novela

Como o Igor, seu personagem em ‘O Tempo Não Para’, chegou até você? Teste ou convite?

Foi um teste. A Juliana Silveira, produtora de elenco, me chamou para fazer aquela cena do provador com a Marocas [em que Igor é chamado de POC por Zelda]. Eu já me apaixonei. Acho que o Igor é um personagem cheio de possibilidades, engraçado. Cheguei super animado.

Igor não parece um vilão, mas ele ajudou a Zelda a chamar o jornalista para fotografar Marocas de roupas íntimas. Como você o define?

Igor está ali navegando no meio daquelas pessoas. Ele gosta muito da Zelda. Tem carinho por ela e tem medo que algo ruim aconteça com ela. Então ele a aconselha. Ele entra como mediador também, eu acho. Acho que não necessariamente ele concorda com o que ela faz, mas tenta aconselhá-la a não fazer besteira.

Será que você vai mostrar seus dotes musicais na novela? O Igor vai cantar em algum momento?

Por enquanto não tem nada para ele cantar não, mas eu ia adorar. Volta e meia tento colocar um caquinho aqui, um caquinho ali (risos).

Apesar de ter sido abolida, você acha que a escravidão acabou de verdade? Essa questão é bastante discutida na novela.

A Zelda por exemplo usa trabalho escravo na fábrica. São umas colombianas que ela meio que escraviza. É angustiante você pensar que muita coisa muda, mas ao mesmo tempo continua entranhada nas pessoas. Principalmente essa coisa de você querer se dar bem em cima dos outros. É uma coisa que é muito complicada. E o preconceito que continua, né. O Dom Sabino diz: ‘Que abolição foi essa?’

Carreira

Você é um cara programado em relação a carreira? O que almeja para os próximos anos?

Eu sou muito pouco planejado. Geralmente tenho sorte. Quando está acabando um trabalho, alguém me chama para fazer outro. Na última semana que eu estava fazendo o musical ‘Bibi – Uma vida em Musical’ [com direção de Tadeu Aguiar] em São Paulo, a Juliana [produtora de elenco] me ligou dizendo que eu tinha passado para a novela. Eu vou indo. Acredito no destino. O que é nosso vem.

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