De volta às novelas em O Outro Lado do Paraíso, Fernanda Rodrigues revela: “Me descobri como apresentadora”

Publicado em 21/11/2017

Longe das novelas desde o fim de Sete Vidas em 2015, Fernanda Rodrigues voltará aos folhetins para uma participação em O Outro Lado do Paraíso. Na trama de Walcyr Carrasco ela será Fabiana, responsável por internar a avó Beatriz (Nathalia Timberg) numa clínica psiquiátrica com o intuito de roubar todos os seus bens. A atriz que também é apresentadora do programa Fazendo a Festa, do canal GNT conversou com nossa reportagem sobre a novela, e sobre o sucesso de seu programa que já está na sexta temporada:

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Você fica em quantos capítulos da novela?

É uma participação, ela tem uma história com começo meio e fim, tem uma função na história. Ela é neta da Beatriz, que é a Nathalia Timberg.

Ela é má, ela é uma vilã, como está sendo pra você encarar esse desafio, já que você é mais conhecida por fazer mocinhas?

Olha que oportunidade incrível. A vida é feita de desafios, né? E eu estou muito feliz com esse convite, muito por isso também, porque eu vou sair dessa minha zona de conforto. Eu já fiz algumas personagens com a personalidade perversa. Mas, essa é legal porque ela tem uma função, uma participação na história. É importante para a trama, uma novela inteira para mim estava meio difícil, por causa do programa (Fazendo a Festa, do GNT), que é um sucesso. Me encontrei como apresentadora, eu adoro, com criança e tal. Tá no ar a sexta temporada e a gente já está gravando a sétima temporada para eu poder fazer essa participação. Foi muito bom poder conciliar tudo, e arrumar um jeito de fazer essa participação. Eu fiquei super feliz, e está dando tudo certo. É uma oportunidade incrível, e principalmente por ser uma personagem desafiadora para mim.

Quais são suas vilãs prediletas na história da TV?

Ah, eu tô com a vilã da Débora Falabella (Irene de A Força do Querer) na cabeça, ela é mais atual e ela dá um show, né? Têm milhares de vilãs incríveis, clássicas, né? A Renata Sorrah, a Nazaré, a Carminha, vilãs clássicas maravilhosas.

Você tem cenas com a Nathália, né? Como é pra você contracenar com uma atriz de tamanha importância?

Eu sou muito fã dela. Mas, eu ainda não tenho certeza se vou ter cenas com ela. Eu não sei ainda, é porque eu também não posso falar muita coisa. Mas acontecem coisas que eu não sei se a gente vai contracenar. Mas ela é minha avó, e eu já estou felicíssima dela ser minha avó.

Geralmente os atores tentam defender de qualquer jeito seu personagem, você acha que consegue defender a sua vilã?

Eu não sei ainda, eu posso te falar mais para a frente, quando eu começar a gravar se ela é indefensável. No primeiro momento acho que vai ser difícil, porque ela realmente tem a função de fazer uma grande maldade. Ela já fez algo terrível, que foi internar a avó. Então, eu acho difícil defender.

Você acha importante o tema violência contra idosos ser debatido?

É, eu acho que vai ser uma coisa muito importante, muito legal. É uma trama muito importante de ser dita e acho que vai dar para se desenvolver muita coisa.

Como você faz para conciliar o programa, que deve te tomar bastante tempo, e as crianças?

É puxado, sabe? É uma fase difícil, mas é uma fase. É um momento que eu estou vivendo com coisas muito legais acontecendo, então eu estou aproveitando esse momento. É uma fase que depois passa, e depois dá uma aliviada. Mas, as crianças já estão mais tranquilas, o Bento já com quase dois anos, a Luiza com sete, vai fazer oito. Eles já têm a vidinha deles, eles já se fazem companhia, eu saí de casa, eles estavam brincando. Irmão é maior barato, né? Faz muita diferença deixar um filho e deixar dois filhos. Eu estou me sentindo bem mais tranquila deixando os dois juntos. Eu me desdobro, mas no final dá tudo certo.

Sobra tempo para você e para o Raoni se curtirem?

Agora está meio difícil, o Raoni está trabalhando muito também, mas a gente dá um jeito. A gente se encontra no trabalho. A gente está trabalhando próximo, então a gente almoça no intervalo junto. De noite a gente se encontra e fica junto.

A Luíza é um sucesso, né?

Sim, em todo lugar que ela vai, ela é um sucesso. Ela é muito engraçada, segura e espontânea.

Você vai deixar ela seguir carreira? Ela pede?

Ela não me pede, mas ela fala “Um dia eu vou querer, um dia você deixa”? Enquanto ela era muito pequena, eu não forçava barra, mas ao mesmo tempo eu deixava fluir. Não incentivava, mas também não proibia. Agora que ela está um pouquinho maior, eu estou deixando mais um pouco. Então, ela fez uns comerciais comigo, apresentou o programa no meu lugar… Ela está dominando os programas do GNT, daqui a pouco vão fazer um pra ela (risos).

Mas você também começou muito nova, né?

Pois é, um dilema, a minha primeira novela eu tinha onze anos, que foi ‘Vamp’. Então, acho que 11 anos seja uma idade legal para ela começar, ela já terá um entendimento maior disso tudo.

Você e Raoni dividem as tarefas?

Sim. Depende da fase, tem fase que eu estou trabalhando mais e ele me dá um suporte maior, aí às vezes ele está trabalhando mais e eu não estou, aí eu dou um suporte maior. Às vezes os dois estão trabalhando muito, minha mãe dá um suporte. A gente se divide.

Você começou em novela, está muitos anos afastada, como está sendo voltar agora?

É a minha 18º novela, e é legal. A última novela que eu fiz foi Sete Vidas, que tem dois anos, e eu estava com saudades, afinal, é a minha origem, né? É da onde eu vim, é o que eu sei fazer. É óbvio que eu me descobri como apresentadora, estou amando, mas eu estava com saudade de contracenar, de interpretar um personagem. Porque lá no programa sou eu mesma.

Você já gostava do tema ‘festa’?

Eu sempre faço festa para os meus filhos. Eu já gostava de produzir, participar de preparativos, então, na verdade, calhou do programa falar disso, porque é um universo que eu gosto. Mas, eu tenho feito muito pouco, eu tenho feito tantas festas no programa que eu tenho feito pouca festa em casa.

Você consegue escolher uma função, apresentadora ou atriz?

Hoje está muito difícil para mim. Eu sou uma atriz, sempre fui, mas eu me descobri, eu estou muito feliz como apresentadora. Eu estou fazendo uma coisa que está me dando muito prazer. Estou me divertindo. A cada temporada que passa, eu me sinto mais confortável. Acho que estou melhor. Aprendo muita coisa. A gente pode ser várias coisas.

Seus filhos acompanham seu trabalho?

Mais ou menos, Sete Vidas; ele viu um pouco. Ela não tem paciência, Luíza é muito inquieta, então ela não para. Ela vê um negócio, depois ela já está fazendo outra coisa.

Agora você vai rodar o filme ‘Tô Grávida’, né?

Sim, a gente vai rodar em maio de 2018. Tá bem legal, a gente já no processo de criação de roteiro, pré-produção, está o máximo, estou doida para filmar.

 *Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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