Rodrigo Simas fala sobre o novo personagem e as críticas “A gente está aí pra isso”

Publicado em 12/03/2017

Rodrigo Simas conversou com nossa reportagem e revelou detalhes de seu personagem em Novo Mundo, a nova novela das seis da TV Globo.

Confira o papo:

Fale um pouco do personagem. É a primeira vez que você interpreta um índio?

“É a primeira vez sim que interpreto um índio. Piatã nasceu no Brasil, um índio que quando pequeno foi adotado por um inglês, sendo assim, ele foi criado na Europa, precisamente na Inglaterra. E, ai, ele tem vários conflitos. Não se sente um europeu. Mas quando retornar a sua origem, ele não vai se sentir um índio. Então, ele perdeu a sua nacionalidade. Essas são as questões dele de vida. Que ao longo da novela vão se encaixando. Enfim.”

Qual a sua relação com a história do Brasil?

“Eu gostava de história no colegial. Mas nunca fui bom nessa matéria não. Mas eu sempre curtia. Eu tinha um professor de história, que quando eu assistia às aulas dele, parecia que eu tinha voltado no tempo. Fascinante! Eu acho que a história na vida das crianças faz diferença um bom professor. Quando ele é empolgado e ama o que ele faz, ele consegue transmitir isso para os alunos. Se cada um tiver um professor assim, não vai esquecer o que ele ensinou.”


Como foi a imersão no universo do personagem?

“A gente está em preparação desde novembro. Bastante coisa. Foi muito bom ter iniciado essa preparação um pouco antes das primeiras gravações. A gente teve aula de espada, aula de prosódia, aula de etiqueta, etc. Eu tive a oportunidade de viajar ao Sul do Pará, onde visitei uma aldeia indígena. Passei quatro dias na aldeia. Fora as preparações com a preparadora de elenco que foram essenciais. O Vinicius Coimbra (diretor) me ajudou muito também. Novela a gente começa meio inseguro. Mas essa a gente começou com muita preparação. Isso ajudou bastante. Enfim.”

E a caracterização?

“É o meu cabelo mesmo. Não é peruca não. A gente cortou. Eu brinco que é o cabelo cuia, né? (risos). Essa caraterização foi essencial. Eu estava barbudo, mais cabeludo. Ter tirado a barba, ter cortado o cabelo, tudo isso ajuda a gente a brincar mais e a entrar no personagem.”

Você é novo na profissão, mas é muito elogiado por seu talento. E, a Isabelle Drummond elogiou muito você. Como você recebe esses elogios.

“Que elogio maravilhoso! Ela começou muito mais nova do que eu na carreira. Pra mim, ela é referência. Eu lembro que eu assistia ao ‘Sítio do Pica-pau Amarelo’, e ficava admirando o talento dela. Eu nunca nem imaginava que me tornaria um ator. Eu fico muito lisonjeado com o carinho dela. Eu comecei há pouco tempo. Mas já estou dando uns passinhos. Ainda estou no inicio. Mas se Deus quiser, espero trilhar uma grande carreira.”

Quais são as suas inspirações?

“São muitas! Eu tenho referência no Brasil com atores mais velhos. Tony Ramos, Adriana Esteves, entre outros. São pessoas que a gente vê pessoalmente e fica encantado. São pessoas que a gente é fã e admira o trabalho. Não só pela profissão, mas pelas atitudes da vida. Eu acho que isso faz com que o artista seja completo.”

Você é um cara que entra em um projeto e sempre vai atrás do êxito. Você é um cara competitivo?

“Sim! Sempre eu quero fazer o melhor. Sem desmerecer ninguém. Longe disso. Mas eu me desafio sempre. Sabe? Eu gosto de colocar metas; e ser dedicado. Eu acho que a capoeira me ensinou muito isso. De ser dedicado e disciplinado. Eu levo essa disciplina sempre para a minha vida.”

A Laura Cardoso comentou recentemente que o ator precisa ser culto. Você concorda com ela?

“É primordial sim. Eu leio bastante. Eu estudo bastante também. Quando a gente vai vivendo, mais experiência a gente vai tendo. Isso conta muito. Eu concordo com a Laura Cardoso. Quem sou eu para discordar dela. Isso é um ponto essencial para o ator.”

Como você lida com a imprensa em relação algumas noticias envolvendo você e sua família?

“Cara, eu estou preocupado com a minha carreira. O lado profissional é o que eu me dedico. Eu estou em busca de bons personagens. De bons desafios, é isso que importa.”

Mas incomoda você esses tipos de noticias que acabam prejudicando a família, né?

“Não incomoda não. Porque são coisas pequenas. O que as pessoas vão falar, vão sempre falar. E quem sou eu, pra falar para elas pararem. O mundo é livre e a gente está ai para receber criticas e elogios. De pessoas falando coisas que a gente quer ouvir, e que não quer ouvir. É isso. Focar no trabalho e se dedicar. Fazer o bem sempre.”

Você vai ter três anjinhos dentro de casa. Como é o tio Rodrigo?

“Eu estou muito feliz com essa nova geração vindo ai.”

Você pensa em ser pai?

“Penso sim. Mas não agora. Eu estou muito feliz sendo tio, sendo padrinho – ‘dindo’. Estou novo ainda. Está tudo certo.”

André RomanoEntrevista realizada pelo jornalista André Romano

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