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Vem pra Cá se destaca com jornalismo ao vivo, mas o setor carece de investimento

Informação ao vivo pode ser a solução para a revista eletrônica do SBT

Publicado em 14/07/2021

Enquanto se dedicava a falar sobre a vida das crianças na pandemia, moda para baladas que estão suspensas e dicas de jardinagem, o Vem pra Cá, do SBT, passava em brancas nuvens. No entanto, quando se dedicou a informar o público sobre o caso Lázaro, o matinal experimentou momentos de reação. Ou seja, o programa de Patrícia Abravanel e Gabriel Cartolano “descobriu” que noticiário quente dá audiência.

Esta situação mostra que o Vem pra Cá pode encontrar um rumo, caso siga apostando em conteúdo quente. A atração precisa se mostrar mais como uma revista eletrônica, capaz de abarcar assuntos que estão em alta. E isso inclui o noticiário, fatos quentes e que estão acontecendo enquanto o programa está no ar.

Nunca fez sentido as pautas que o Vem pra Cá sempre abarcou. Dicas prosaicas de jardim, ou pautas de saúde já amplamente exploradas pelos programas concorrentes, estão batidas. Além disso, são assuntos que não conversam com o público do SBT. Como o Hoje Em Dia, da Record TV, e os matinais da Globo já tratam disso, quem os assiste não vai mudar de canal pra ver a mesma coisa.

Investimento

Assim, é válido e recomendável que o jornalismo ocupe mais espaço dentro do Vem pra Cá. No entanto, para que a coisa se consolide, são necessários investimentos. O jornalismo do SBT ainda é muito reduzido, e seus telejornais Primeiro Impacto e SBT Brasil sobrevivem na base do reaproveitamento de material.

Ou seja, seria interessante que o jornalismo do canal ganhasse uma nova injeção de ânimo, para que o departamento abasteça o Vem pra Cá com mais qualidade. Além disso, cabe ampliar a participação de jornalistas da casa na repercussão dos fatos, tendo em vista que Patrícia Abravanel não é lá muito boa em análise do noticiário.

Em suma: informação pode ser a salvação do Vem pra Cá. Com jornalismo de qualidade, a revista do SBT pode atrair os anunciantes que almeja e, de quebra, despertar uma maior atenção do público. É um caminho possível, mas precisa ser bem-feito.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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