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Um ano depois, CNN Brasil aprende com os erros e fortalece programação

Em pouco tempo, canal conseguiu consolidar sua marca

Publicado em 15/03/2021

Há um ano, a CNN Brasil entrava no ar com um desafio e tanto em mãos: mostrar ao público e ao mercado a programação que prometia sacudir o telejornalismo brasileiro, ao mesmo tempo em que lidava com a pandemia da covid-19. De repente, os programas variados prometidos se tornaram um grande telejornal sobre o coronavírus.

Com isso, demorou até que a CNN Brasil conseguiu dizer a que vinha. Além do “tema único” de seus programas, sua aposta no que seria um diferencial se mostrou controversa. O quadro O Grande Debate queria propor discussões, mas contribuiu apenas para botar mais pilha na polarização do país, que já era suficientemente grave.

Além disso, o canal ganhou o noticiário mais pelos seus bastidores conturbados do que pela sua programação em si. Grandes contratações (e algumas dispensas) e as mudanças no comando das bancadas de seus jornais ganharam amplo espaço na mídia.

No entanto, este um ano também serviu para que o canal fosse moldado no ar. Aos poucos, ajustes foram feitos no sentido de diminuir a perfumaria e aumentar o factual, a análise e a prestação de serviço. Também foi feito um esforço para aumentar a variedade de temáticas na grade, muito refém de jornais com entradas ao vivo e comentários intermináveis.

Neste contexto, a reformulação do CNN Novo Dia e a estreia do CNN Primetime se mostraram acertos. O matinal se tornou uma grande e variada revista, com espaço para vários assuntos. E o jornal de Márcio Gomes deu um “respiro” na grade, ao propor um “resumão” do que foi amplamente discutido nos jornais anteriores.

Também acertaram uma linha interessante de programas de horário nobre. O CNN Tonight estreou sonolento, com pautas pouco convidativas, mas quando se propõe a tratar de bons assuntos, a conversa flui bem. CNN Nosso Mundo também realiza boas entrevistas, todas que geram repercussão.

O canal também fortaleceu seu cast, que mescla medalhões como Carla Vilhena, William Waack, Monalisa Perrone e Rafael Colombo, com boas novidades, como Daniela Lima, Luciana Barreto e Daniel Adjuto. De quebra, a CNN aqueceu o mercado e provocou boas movimentações no segmento, fazendo GloboNews e BandNews se mexerem. O público ganhou.

Sendo assim, apesar dos tropeços, a CNN Brasil tem o que comemorar neste primeiro ano. O canal, em pouco tempo, se mostrou referência ao reunir bons profissionais, revelar outros e aparar as arestas, eliminando ou aperfeiçoando o que não funcionava. Ainda há o que ser feito, mas o caminho tem sido bem pavimentado.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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