Treze Dias Longe do Sol impressiona ao mostrar a reação do ser humano em situações extremas

Publicado em 27/10/2017

Como lidar com situações limites na vida? A partir do dia 2 de novembro, os assinantes do Globo Play poderão acompanhar em Treze Dias Longe do Sol, o dilema de nove soterrados depois do desabamento de um prédio em São Paulo, encomendado para ser um Centro Médico.

No lançamento de Treze Dias Longe do Sol, que só será exibida na TV aberta em janeiro de 2018, fomos conferir o primeiro episódio. A história de Elena Soarez e Luciano Moura, que também assina a direção artística da atração, já começa com um tom sombrio, quando Saulo (Selton Mello) balbucia frases intrigantes diante do mar, num dia nublado. A paisagem pesada continua quando surgem as primeiras imagens do edifício em construção, onde inicialmente uma forte chuva dá o tom dramático.

No saguão ainda sem acabamento, o diálogo entre o engenheiro Saulo e o bon vivant Vitor Baretti (Paulo Vilhena) deixa o público perceber o clima de tensão. O herdeiro da construtora cobra resultados de seu subordinado, enquanto o obriga a mostrar as instalações inacabadas e atrasadas para o investidor da obra. Em vez do dr. Rupp (Lima Duarte), que está acamado, Saulo fica de cara com Marion Rupp (Carolina Dieckmann), herdeira do médico e com quem teve um caso de amor no passado. No encontro também fica visível que os dois tem questões pessoais não resolvidas, além da demora na entrega do prédio. Ela está ali exatamente para saber o motivo de tanto atraso.

Paralelamente são mostrados outros personagens com muitos conflitos, como o do mestre de obras Jesuíno (Antônio Fábio) e da filha, Yasmin (Camila Márdila), que está grávida de nove meses e vai procurar o pai justamente naquele dia fatídico.

Enquanto Saulo e Marion visitam a construção de cima para baixo, no subsolo do prédio operários mostram desavenças entre si. Entre uma cena e outra, um deles descobre um vazamento no subsolo. Se a princípio a suspeita é de um rompimento de um cano, logo se percebe que a questão é mais séria, porém, antes que se possa tomar qualquer providência, a água pesada da chuva que vinha se infiltrando no terreno pressiona uma parede e faz ceder a contenção, se dá a tragédia e o prédio desaba, num efeito especial que impressiona.

Se o desespero é grande entre os sobreviventes, outros envolvidos não escapam do sofrimento do lado de fora do prédio. Vitor está em um coquetel na prefeitura de São Paulo no momento do desabamento. Vários celulares tocando ao mesmo tempo anunciam a tragédia. O bon vivant foge, vai para a construtora e se depara com Gilda (Debora Bloch), diretora financeira, que inicialmente está preocupada com a repercussão do caso. Mas não demora muito para se dar conta que Saulo estava no prédio no momento do acidente e mostra um desespero genuíno.

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Fazendo a ligação entre o mundo de fora e o mundo de dentro está o Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros, Marco Antonio (Fabrício Boliveira). Aos poucos, administradores da construtora, parente das vítimas e carros de bombeiros fazem um alarido do lado de fora.

Do lado de dentro, quem sobreviveu tenta entender o que aconteceu. Enquanto Marion tenta fazer Saulo reagir, um operário tenta salvar o irmão que está preso nos escombros. O desespero é grande e o episódio termina em tom de suspense, deixando um gostinho de quero mais. A partir daí, o público poderá assistir às reações mais radicais do ser humano frente aos seus limites em situações extremas.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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