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Série nacional

Thriller ambiental da melhor qualidade, Aruanas termina em alta

A atração reforça a maturidade das atuais séries da Globo

Publicado em 30/06/2020
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Aruanas, série cuja primeira temporada se encerra nesta terça (30) na Globo, veio para somar na busca por uma linguagem tipicamente nacional para séries de TV. Afinal, durante muito tempo, as séries nacionais vinham reproduzindo um formato muito próximo da telenovela. Porém, aos poucos, a produção seriada brasileira vai criando suas próprias características.

Esse aperfeiçoamento tem a ver com a injeção de sangue novo na produção audiovisual. O surgimento do streaming e o aumento da produção independente vem mexendo no mercado e trazendo novidades à dramaturgia. E este é o cerne de Aruanas, uma série produzida pela Maria Farinha, com know-how da Globo e para exibição no Globoplay. Esta mistura que garante novas e boas experiências.

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Além disso, os roteiristas Estela Renner e Marcos Nisti foram muito felizes com a temática abordada. Aruanas conseguiu construir uma boa dramaturgia a partir da urgente temática da preservação ambiental. Fugindo da panfletagem, a série mostrou muito bem os diferentes tentáculos da exploração ilegal dos recursos naturais. Ou seja, trata-se de um tema bastante atual, que merece ser discutido com responsabilidade.

Aruanas construiu uma história sólida, expondo os interesses políticos e econômicos da exploração ambiental ilegal. Mostrou também o jogo de interesses, a violência e como a ausência de uma política ambiental forte e funcional é prejudicial. Tudo isso costurado por personagens bem delineados, cheios de conflitos.

As Aruanas

Taís Araújo, Débora Falabella e Leandra Leal, grandes atrizes de sua geração, seguraram com brilhantismo os conflitos de Verônica, Natalie e Luísa. A série criou defensoras do meio ambiente multifacetadas, com dramas pessoais que as aproximam do espectador. Assim, fugiram da pecha de “ecochatas”, o que poderia colocar a perder a importante mensagem da série.

Thainá Duarte, atriz que viveu Clara, estagiária da ONG, foi uma grata surpresa. A jovem emocionou com sua garra no trabalho na Aruanas, ao mesmo tempo em que lidava com um ex-namorado abusador. Outros jovens, como Vitor Thiré (André) e Ravel Andrade (Pontocom), trouxeram sangue novo à telinha.

Os vilões também foram acertos. Luiz Carlos Vasconcelos fugiu do estereótipo do empresário do mal, imprimindo humanidade ao controverso Miguel Alvarez. E Camila Pitanga deu graça e sofisticação à mau-caráter Olga Ribeiro, fazendo uma brilhante composição.

Em suma, Aruanas ofereceu um thriller em meio a uma poderosa mensagem de preservação ambiental. Com viradas surpreendentes e muita emoção, a série conseguiu dizer a que veio, provocando o espectador e fazendo-o pensar. Mais do que mera diversão, Aruanas trouxe uma reflexão urgente nestes dias tão tenebrosos.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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