The Voice Kids e Júnior Bake Off: os realities infantis estão em alta

Publicado em 15/01/2018

Neste início de 2018, o que não falta na telinha são crianças fofas mostrando o que sabem fazer. No SBT, Júnior Bake Off traz crianças com traquejo na cozinha, fazendo deliciosas sobremesas. Já na Globo, o The Voice Kids emplaca sua terceira temporada, repetindo o sucesso das anteriores.

Mostrar crianças talentosas sempre foi uma das vocações da televisão brasileira, desde os tempos dos clássicos shows de calouros. Raul Gil, por exemplo, é um animador que construiu seu programa tendo a exploração do talento infantil como um de seus pilares. Tanto que foi no palco de Raul que surgiram várias “crianças-prodígio”, como Simony e Maisa Silva.

O sucesso se explica pelo viés familiar que programas com crianças explora. Formatos como Júnior Bake Off e The Voice Kids não são programas infantis, e sim programas com crianças para que adultos se divirtam e, de quebra, reúnam a família diante da TV. Sendo assim, é um formato eficiente para atrair audiência. Mas não é o melhor programa para o espectador que é fã do formato tradicional.

Isso porque, nos formatos originais, uma das graças para o público é acompanhar um talento nascendo e como os jurados o analisam. Os técnicos do The Voice Brasil não são os mais “carrascos”, mas têm seus momentos de boas análises na versão adulta. Já os jurados do Bake Off demonstram mais exigência diante dos confeiteiros amadores. Fabrizio Fasano Jr, por exemplo, já fez a sua fama baseada em seus comentários ácidos diante de sobremesas capengas.

A versão com crianças é bem mais light. Os técnicos do The Voice Kids não se cansam de consolar os talentos infantis pelos quais não viraram suas cadeiras. Já os do Júnior Bake Off só faltam pegar as crianças no colo. Fabrizio, de carrasco, passou a “tiozão”, fazendo piadas e se divertindo com as crianças na cozinha do SBT.

The Voice Kids e Júnior Bake Off divertem, sem dúvidas. Mas, aqui, o que importa mesmo é o nível de “fofurice”, e não os talentos.

Com Rebeca Abravanel, Bom Dia e Cia é puro humor involuntário

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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