Sete Vidas foi uma viagem de emoções do princípio ao fim

Publicado em 13/07/2015

Em A Vida da Gente Licia Mazo já havia mostrado que tinha diferencial, apresentou uma novela linear, sem grandes vilões, nem mocinhos, texto claro e objetivo, diálogos diretos e muito bem construídos, interpretações consistentes e convincentes. Por isso mesmo, quando Sete Vidas estreou, a expectativa era grande e não deu outra, a autora acertou mais uma vez e já pode-se dizer que ela cria um novo estilo de fazer novela, obviamente não totalmente original, mas de qualquer maneira diferente, com muita humanidade, realidade, amor e emoção.

Em Sete Vidas, Licia Manzo mostrou que uma boa trama se faz com uma boa história, bem casada, com todos os núcleos integrados, em que não apenas um personagem se destaca, mas sim todos, unidos pelo texto impecável e pela direção primorosa de Jayme Monjardim, que sabe como ninguém captar o mais belo e mais tocante de cada ambiente, de cada cena.

Sem exageros, clichês e mirabolismos, Sete Vidas reuniu um elenco divino de jovens e veteranos, entre eles Isabelle Drummond, Débora Bloch, Domingos Montagner, Maria Eduarda de Carvalho, Michel Noher, Jayme Matarazzo, Thiago Rodrigues, Ghilherme Lobo, Mariana Lima, Malu Galli, Ângelo Antônio, Letícia Colin, Regina Duarte, Maria Manoella e mais, que deram um show.

O amor unindo os filhos do doador 251 deu o start na novela, que seguiu seu rumo cheio de conflitos comuns à vida de todos e por isso o público se identificou tanto com Sete Vidas. Famílias não são perfeitas, mas se completam na imperfeição, pelo simples fato de amar.

A novela uniu a história de sete irmãos e de um grande amor. O amor de Júlia (Isabelle Drummond) e Pedro (Jayme Matarazzo) que começou em um primeiro olhar e teve que se transmutar em amor fraternal, nos mostrando que um mesmo amor pode ter várias formas, mas que nem sempre morre em um primeiro momento.

Licia Manzo mostrou em Sete Vidas que a vida segue seu curso, e o curso dela nem sempre é o razoável, e sim o que ela pode ser. Tocou em temas delicados sem causar polêmica, com leveza e naturalidade. A diversidade em todos os sentidos, de famílias, de pessoas, de sentimentos, de cultura, enfim, de tudo.

Não podemos deixar de citar a trilha sonora nacional e internacional de tira o fôlego, complementada pelas paisagens absurdamente lindas da natureza, das cidades, dos cenários e pra fechar, no encerramento da novela imagens comuns do dia a dia dos telespectadores, em momentos de simples prazer na vida. Sete Vidas deixa saudades e a expectaitiva se renova para a nova novela da autora.

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