Depois de anos esquecido nos arquivos da Globo, o No Limite retornou num momento em que reality shows estão na ordem do dia, por conta da pandemia. Parecia uma boa ideia, tendo em vista o interesse legítimo do público neste tipo de atração. No entanto, o retorno ficou devendo. Na prática, foi uma boa ideia desperdiçada.
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Apostar em ex-BBB’s foi uma manobra interessante para se gerar buzz antes mesmo da estreia. E funcionou. Os fãs do BBB se mobilizaram para tentar descobrir quem seriam os “brothers” que topariam um desafio tão radical. Com isso, a atração garantiu um interesse inicial.
Mas, no ar, o No Limite só decepcionou. Os ex-BBB’s pareciam pouco interessados em competir, deixando claro que estavam mais interessados na exposição que a atração proporciona, e não no prêmio ou no desafio. Isso ficou claro quando Lucas Chumbo e Arcrebiano pediram para sair, e foram atendidos pelos parceiros. Eliminações “combinadas” tiraram a graça do programa.
Além disso, o No Limite pareceu bem menos desafiador do que já foi. Com muitas facilidades oriundas de patrocinadores entregues como brindes, o programa perdeu muito do ar de “perrengue” que suas primeiras temporadas ostentavam. Tanto que foi apelidado por espectadores de “No Limite ‘nutella’”.
E como se não bastasse, a edição não ajudou em nada o desenrolar do programa. No Limite teve muitas dificuldades em transformar os momentos do acampamento num “enredo” minimamente envolvente. Faltou explorar conflitos que levavam às eliminações, por exemplo. Faltou um apresentador provocador. André Marques foi apenas burocrático no comando do programa.
No Limite não é um programa ruim. Sua primeira temporada foi histórica e ofereceu boas doses de emoção. As demais não repetiram o mesmo barulho, mas também foram envolventes. Mas este retorno serviu para mostrar que No Limite envelheceu mal. Em meio aos desafios de um BBB ou uma A Fazenda, o No Limite ficou menos charmoso. E mais enfadonho.
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