Festejada

Reprise de Floribella é acerto da Band

Trama exibida pela Band entre 2005 e 2006 marcou uma geração

Publicado em 14/09/2020

A pandemia do novo coronavírus obrigou as emissoras de TV a rechearem suas grades com reprises. E a Band aproveita este cenário para desengavetar Floribella, novela infantil que fez sucesso no canal entre os anos de 2005 e 2006. A estreia ocorre nesta terça-feira (15).

Neste caso, não se trata de falta de produção inédita, já que o canal planejava exibir a portuguesa Valor da Vida no lugar de Ouro Verde. Mas esta reprise tem um valor de nostalgia, já que se trata de uma novela com 15 anos de idade e que jamais foi reapresentada na emissora.

Sendo assim, o retorno de Floribella se justifica. Num momento em que reprises são exibidas aos baldes, uma reprise de um produto com alto valor afetivo faz diferença.

Afinal, há uma geração de jovens adultos que cresceram assistindo à novela. É a chance de reviver um tempo e, de quebra, apresentar a produção aos filhos.

Além disso, a Band vem procurando um novo nicho de teledramaturgia para apostar. Depois do enfraquecimento das tramas turcas e da recepção morna de folhetim português, o canal aposta na dramaturgia infantil.

Mesmo sendo uma reprise, pode ser uma oportunidade para o canal analisar o potencial deste público. Quem sabe a emissora não conquista uma plateia cansada da interminável As Aventuras de Poliana e que não embarcou no repeteco de Chiquititas? E até pense em voltar a produzir para este público?

Novela divertida

E não é só o fator nostalgia que conta pontos para a reprise de Floribella. Trata-se de uma boa produção da Band, versão nacional da argentina Floricienta, criada por Cris Morena.

A trama é uma mistura lúdica de A Noviça Rebelde e Cinderella, narrando as aventuras de Maria Flor (Juliana Silveira), que se torna babá de cinco jovens e se apaixona pelo irmão mais velho deles. No caminho, as malvadas Malva (Suzy Rêgo) e Delfina (Maria Carolina Ribeiro), que tentam destruir a mocinha.

A trama é divertida, com bons personagens e boas atuações, além de números musicais bem simpáticos, e que se encaixam harmoniosamente no enredo. Nomes bastante festejados da dramaturgia, como Zezé Motta e Letícia Colin, participam da obra. Por essas e outras, reapresentar Floribella é uma boa sacada da Band.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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