Que História É Essa, Porchat? diverte ao fugir de qualquer pretensão

Publicado em 06/08/2019

Fabio Porchat, um dos mais festejados comediantes da nova geração, surpreendeu o público ao encerrar seu talk show na Record TV no ano passado. Seu Programa do Porchat não era um campeão de audiência, mas tinha qualidades que o colocavam entre os melhores programas de fim de noite. Porém, o artista decidiu trocar a TV aberta pelo GNT, onde estreou hoje (06) seu novo programa, Que História É Essa, Porchat?. E mostrou que, às vezes, é mais saudável estar num canal com uma plateia menor, mas com maior liberdade.

E, neste caso, liberdade significa fazer um programa que fuja das pretensões da TV aberta, muito calcada na audiência e na repercussão a qualquer preço. Deste modo, o novo Que História É Essa, Porchat? vai na contramão dos demais talk shows. Na nova atração, o apresentador reúne famosos e anônimos para ouvir e contar histórias. E só. Não há perguntas mirabolantes, não há humor ensaiado. Mas, mesmo assim, o programa é engraçado. Isso porque a graça do programa está nas histórias contadas.

Ou seja, Que História É Essa, Porchat? diverte justamente pela simplicidade da fórmula. Que encontrou abrigo no GNT, um canal pago e segmentado, com uma plateia bastante específica. E que, de quebra, é um território neutro, o que permite Porchat receber artistas de todas as emissoras, o que aumenta consideravelmente sua cartela de opções. Na estreia, por exemplo, o apresentador recebeu nada menos que Claudia Raia, Ney Latorraca e Marcos Veras. Mas também conversou com personagens interessantíssimos da plateia. Neste novo contexto, o comandante atua como um espirituoso mediador. E o resultado é um programa simpático, de puro entretenimento.

Porchat no GNT

Fabio Porchat acertou em cheio com a mudança. À frente do Programa do Porchat, na Record, o apresentador vinha batendo com a cabeça no teto. Não havia mais para onde ir, quem receber, e era visível que o desafio de manter a atração no ar estava cada vez maior. Além disso, Porchat tinha que enfrentar as limitações da emissora. Ali, ele não podia receber qualquer pessoa, e havia assuntos dos quais não se pegava bem tocar.

Isso sem falar na concorrência desenfreada. Programa do Porchat era mais um em meio ao The Noite, do SBT, e Conversa com Bial, da Globo. Assim, ao se permitir esta mudança, Porchat abriu um novo território na TV paga e, ainda, buscou um formato diferenciado. Para o espectador, foi um ganho.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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