Faltam apenas dois capítulos para que Os Dias Eram Assim termine. E a “supersérie” segue fazendo uma reta final um tanto apática, com situações forçadas para tentar manter algum interesse do espectador. Com o pano de fundo político cada vez mais brando, cabe agora ao folhetim investir no bom e velho clichê do vilão que enlouquece.
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Deste modo, a trama, atualmente, explora a luta de Vítor (Daniel de Oliveira) para não deixar Alice (Sophie Charlotte) e Renato (Renato Góes) em paz. O vilão se mostra cada vez mais desequilibrado, e usa os filhos para atingir a mocinha. Além disso, a trama tem como trunfo a boa abordagem da Aids por meio da personagem Nanda (Julia Dalávia), e um grupo de personagens tentando vingar as arbitrariedades do vilão Amaral (Marco Ricca). E segue o barco.
Na noite de ontem (14), porém, Os Dias Eram Assim trouxe uma importante (e inusitada) sequência, na qual revelou quem era o assassino de Arnaldo (Antonio Calloni). Crime que ficou esquecido por várias semanas, e do qual ninguém se importava, diga-se, mas cuja revelação do assassino mostrou-se surpreendente. Afinal, o culpado é o militar Ernesto (José de Abreu). A surpresa é o fato de que Ernesto nem havia entrado na trama ainda quando o crime aconteceu.
O desfecho do crime não chegou a ficar frouxo, já que foi coerente com a trajetória de Ernesto. Militar reformado, ele sempre se posicionou contra a Ditadura Militar, e enfrentava o drama da busca do corpo de sua filha, desaparecida em meio ao caos político dos anos 1960/70. Assim, ele justificou ter matado Arnaldo pois sabia que o inescrupuloso empresário era responsável pela morte dela. Mesmo assim, o fato de ter colocado como culpado um personagem que nem estava na trama no momento do crime pode ter deixado o espectador se sentindo enganado, pois a trama propunha fazer um jogo de detetive junto ao público, mas ocultou uma importante informação.
Faltam agora mais dois episódios para o fim de Os Dias Eram Assim. Resta saber se a trama ainda guarda algumas surpresas. Ou não.
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