Nova versão de Éramos Seis acerta com relação entre Lola e Afonso

Publicado em 16/01/2020

Lola (Gloria Pires) já sofreu muito em Éramos Seis. A matriarca da família Lemos já teve que lidar com crises financeiras, brigas entre seus filhos, constrangimentos familiares, traição e a morte do marido Julio (Antonio Calloni) na novela das seis da Globo. E o calvário da costureira e doceira não deve acabar tão cedo, já que novas tragédias acometerão o famoso casarão da Avenida Angélica. Porém, dentre tantas agruras, Lola encontrou no amigo Afonso (Cassio Gabus Mendes) um motivo para sorrir. Esta relação é o grande acerto da adaptação da novelista Angela Chaves.

Como se sabe, Éramos Seis é um dramalhão familiar que atravessa anos. Seja no romance de Maria José Dupré, sejam nas adaptações anteriores realizadas pela Tupi e pelo SBT, a saga de Lola é marcada por muito sofrimento. Afinal, a matriarca luta para manter uma família que, aos poucos, vai diminuindo, sempre acometida por tragédias de todos os tipos. A Lola de Gloria Pires não escapou deste destino. Porém, ela conta com o apoio do vizinho Afonso, que nunca escondeu seu encantamento por ela. Aos poucos, a forte amizade que os une deve evoluir para um relacionamento amoroso.

Afonso

Angela Chaves acertou na concepção de Afonso. Nas versões anteriores, o personagem equivalente ao dono da venda tinha participação menor. Mas Afonso sempre se colocou como um dos protagonistas da atual versão. O vendedor encanta com o belo relacionamento paternal que nutre por Inês (Carol Macedo), sua filha adotiva. E, também, pela grande admiração que tem por Lola, se colocando como o anjo da guarda da costureira em várias situações. O tipo é adorável, e seu jeito boa-praça faz o público torcer por ele.

Assim, é natural que a audiência queira vê-lo feliz ao lado de Lola. E a autora também acerta ao aproximá-los sem pressa, construindo uma relação de amizade verdadeira que vai evoluindo. É bonito de ver.

Gloria Pires e Cassio Gabus Mendes

O texto de Angela Chaves fica ainda maior na boca de Gloria Pires e Cassio Gabus Mendes. Parceiros de cenas em várias outras produções, os atores repetem a infalível química em Éramos Seis. Além disso, eles combinam pela maneira extremamente naturalista de atuações, se apegando a detalhes e construindo personagens que parecem de carne e osso. É fácil se identificar com eles.

Assim, Angela Chaves segue dando sinais de que pretende aliviar o sofrimento de Lola. Infelizmente, a matriarca ainda passará por muitas provações com sua família. Porém, ela não deve passar sozinha por estas situações, encontrando apoio e, quem sabe, amor. Deste modo, a nova versão de Lola pode caminhar para um bem-vindo final feliz.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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