No ar há um ano, Carinha de Anjo ainda tem fôlego

Publicado em 24/11/2017

Ao começar a produzir novelas para crianças, o SBT apostou em histórias “elásticas”, capazes de se estender para aproveitar um provável sucesso. Foi assim com Carrossel e Cúmplices de um Resgate, que completaram um ano no ar, e com Chiquititas, que se estendeu por dois longos anos. Agora foi a vez de Carinha de Anjo alcançar tal marca, e com fôlego de jovem, sem nenhum sinal de cansaço.

A saga de Dulce Maria (Lorena Queiroz) se mostra sempre encantadora e irresistível. A versão mexicana, exibida em 2001 e em 2004, também se alongou em razão de seu sucesso. E a versão nacional, mesmo com as gravações já encerradas, se mostra capaz de ir ainda mais longe, graças ao “milagre da multiplicação de capítulos” que a edição da trama é capaz de operar.

Nesta semana, Carinha de Anjo enfrentou a estreia da superprodução da Record, Apocalipse, que veio muito forte. Pois nem mesmo as trombetas que anunciam o fim do mundo foram capazes de derrubar Dulce e suas amigas freiras. Nesta primeira semana em que as duas histórias se enfrentaram, Carinha de Anjo tem levado a melhor, garantindo a vice-liderança no Ibope.

Segundo diversas fontes, Carinha de Anjo ainda pode se estender por mais alguns meses, saindo do ar apenas entre abril e maio de 2018. Chegar a esta altura do campeonato sem demonstrar perda de fôlego no Ibope é um feito e tanto. Sem dúvida nenhuma, o SBT acertou em cheio na escolha do texto para manter sua audiência infantil sempre ligada.

O desafio, agora, será As Aventuras de Poliana, trama que sucederá Carinha de Anjo, demonstrar o mesmo potencial. Afinal, pela primeira vez, a emissora não está apostando num texto de novela já testado e aprovado aqui e lá fora, e sim numa versão de um livro escrito por Eleanor H. Porter. Ou seja, pela primeira vez, a autora Iris Abravanel não terá um texto de novela em mãos para adaptar. Um passo importante que pode garantir a sobrevivência da dramaturgia do SBT.

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