Morte de Carlos movimenta Éramos Seis e finaliza romance conturbado

Publicado em 07/02/2020

Nos mais recentes capítulos de Éramos Seis, Carlos (Danilo Mesquita), o primogênito de Lola (Gloria Pires), morre baleado em meio a uma manifestação. O trágico destino do estudante de medicina deve reverberar nos próximos capítulos da trama de Angela Chaves, além de colocar um ponto final no romance com Inês (Carol Macedo). Um romance, aliás, que chamou a atenção por fugir da idealização, algo incomum numa novela das seis.

Na novela das seis da Globo, a história de amor de Carlos e Inês começou ainda na infância. Crianças, eles já eram apaixonados e prometeram amor eterno. No entanto, quando Shirley (Bárbara Reis), a mãe de Inês, resolve deixar Afonso (Cassio Gabus Mendes) e levar a filha com ela, o romance é abruptamente interrompido. Muitos anos e cartas escondidas depois, Carlos e Inês se reencontraram. Mas o romance, embora retomado, já não era mais o mesmo. Ambos estavam diferentes, e estas diferenças pesaram na relação. A morte de Carlos põe fim ao namoro, mas o relacionamento já estava por um fio antes da tragédia.

Isso é interessante. Romances tipo “primeiro amor” costumam ser idealizados em histórias como essa. Mas isso não aconteceu em Éramos Seis. Desde que Carlos e Inês se reencontraram como adultos, já ficou claro que eles não combinavam mais. O jeito certinho de Carlos confrontava o espírito mais independente de Inês. Tanto que Alfredo (Nicolas Prattes), o irmão rebelde de Carlos, começou a mexer com a jovem. Ou seja, a novela explorou, e muito bem, que o primeiro amor, normalmente, não garante um final feliz.

Lola

A morte de Carlos é mais um revés a ser enfrentado por Lola. A heroína de Éramos Seis segue seu calvário, já tendo passado pela morte do marido e pelos conflitos com os filhos. Atualmente, o jeito rebelde de Alfredo e o amor de Isabel (Giulia Buscaccio) por um homem casado ajudam a embranquecer os cabelos da matriarca. Em meio a tantos problemas, ela ainda perde o único filho que sempre a apoiou.

Por isso mesmo, o inédito romance de Lola com Afonso veio como um bom contraponto aos dramas de Éramos Seis. Lola é uma personagem adorável, que tenta manter em pé uma família que passa por diversas agruras. Sendo assim, uma história de amor para ela ajudam a suavizar este caminho tão tortuoso. Mostrar que vida tem dramas, mas também alegrias, é a beleza de Éramos Seis.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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