A novela O Tempo Não Para é um sucesso indiscutível. Não só por causa de seu texto peculiar e refinado, mas também pela criação dos personagens. Nenhuma composição (dos atores) caiu na caricatura. Os personagens de Mario Teixeira poderiam numa boa tomar um café da tarde na minha casa. Eles são reais e já povoam o imaginário do público brasileiro, que diga-se, já comprou essa trama deliciosa. Os números de audiência confirmam minha afirmação. Números estes, que a cada semana obtêm crescimento, agregando mais ao produto final visto na tela.
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Dentre esses personagens, surge um dos mais adorados: Teófilo. O guardador de livros de Dom Sabino (Edson Celulari) é defendido com maestria pelo brilhante Kiko Mascarenhas; que até que enfim ganhou um personagem do tamanho de seu talento. Tudo o que esse artista faz, executa de forma majestosa. Teófilo, é um dos personagens mais difíceis de serem executado na trama de Teixeira. Ele é multicolorido. Se errar nos pincéis, a pintura não sai como foi planejada. Mas Kiko construiu o personagem com tanta leveza, que o público só se diverte com o malandrão, que de bobo não tem nada.
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Kiko Mascarenhas tem amor pela arte
Kiko é um ator que parece ter estudado na escola de Charlie Chaplin. Ele fala com o olhar. Não precisa emitir uma palavra que o público já sabe o que ele quer falar, ou executar. É bonito assistir ao trabalho de alguém que ama o que faz, e que está 1000% entregue em cena. O tablado é a vida dele, isso fica nítido na tela. Mascarenhas tem entregado o seu melhor em O Tempo Não Para.
Gostaria de terminar esse resenha com uma frase de Maya Angelou: “As pessoas podem não lembrar exatamente o que você fez, ou o que você disse, mas elas sempre lembrarão como você as fez sentir”. Essas palavras dizem muito da atuação de Kiko, que nos presenteia a cada noite com sua dedicação, seu amor, e seu respeito a arte. Kiko, sucesso sempre em sua jornada, e obrigado colocar um sorriso no rosto de milhares de brasileiros.