Sempre soubemos que Ingrid Guimarães é uma excelente comediante. Vivendo tipos meio aloprados em novelas e programas de humor, como Sob Nova Direção, Caras & Bocas, Sangue Bom e, mais recentemente, em Chapa Quente, ela sempre nos fez rir. Estão aí os excelentes números de suas comédias para o cinema, sempre emplacando grandes bilheterias.
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No entanto, a novela Novo Mundo vem mostrando a atriz de um jeito diferente. Vivendo Elvira, Ingrid Guimarães mostra que, além de uma boa comediante, ela é uma atriz das mais interessantes. Afinal, Elvira é uma vilã. Conseguiu uma criança e tratou de mentir para o mocinho Joaquim (Chay Suede), seu marido, de que a criança é filha deles. No fundo, é uma vilã apaixonada, capaz de armar poucas e boas para ficar com Joaquim e mantê-lo longe de seu verdadeiro amor, a mocinha Anna (Isabelle Drummond). E tudo isso dentro do contexto do Brasil colônia, colocando Ingrid numa situação de época. Acostumada a viver mulheres contemporâneas, a atriz surge bem diferente.
A personagem também é um curinga importante nas mãos dos autores Alessandro Marson e Thereza Falcão. Elvira circula por praticamente todos os núcleos da novela das seis, estando envolvida na grande maioria das ações que move o enredo de Novo Mundo. E, a cada incursão em determinado núcleo, Elvira se transforma, podendo viver momentos felizes, dramáticos ou cheios de aventura, mostrando diversas facetas de sua intérprete.
Dentre tantas emoções, Elvira, também, tem seus momentos de humor, quando Ingrid Guimarães pode colocar em cena todo o seu arsenal. Sempre quando ela se junta ao casal Germana (uma impagável Vivianne Pasmanter) e Licurgo (Guilherme Piva, também excepcional), é riso certo. O trio tem um dos textos mais inspirados da novela e sempre vale o ingresso.
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