Em suas últimas semanas na grade do SBT, a novela As Aventuras de Poliana começa a resgatar o perfil de sua protagonista após um longo período com ela em banho-maria. Até então, Poliana (Sophia Valverde) foi simplesmente tratada como figurante de luxo que transitava por outras tramas.
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O plano do esticamento, anunciado antes mesmo da estreia da novela, lá na coletiva de imprensa em 2018, pode sim ter reverberado em economia aos cofres da emissora, mas não foi a melhor das ideias quando nos referimos à audiência e qualidade.
Iris Abravanel e sua equipe perderam a mão e deram injeção de canseira no público ao transformarem situações que poderiam ser resolvidas sem tanto circo. E por ai podemos listar dezenas de fatos, bem como o primeiro beijo dos protagonistas adultos, tia Luísa (Thaís Melchior) e Marcelo (Murilo Cézar) que veio acontecer após 255 capítulos.
O mistério que cercou a professorinha Sophia (Gabriela Petry), que revelou ter um braço biônico também foi uma das principais queixas dos fãs. Na sequência aparecem as maldades sem fim nem propósito da vilã mirim Filipa (Bela Fernandes);
O massante triângulo amoroso entre Mirela (Larissa Manoela), Luca Tuber (João Guilherme) e Vinicius (Vincenzo Richy); o processo de criação de Ester, a menina android, além de, é claro, a revelação sobre a paternidade de Poliana. Tudo isso reflexo da sua extensa duração.
Nesta quarta-feira (17), para se ter uma ideia, o SBT exibiu o capítulo de número 546, que a tornou oficialmente a segunda novela mais longa da história da televisão brasileira, jogando para a terceira posição o remake de Chiquititas, a sua substituta a partir do próximo dia 29 (segunda-feira).
Somente agora, no final, Poliana deixou de ser um vaso bonito no cenário e passou a ter mais função no enredo. O jogo do contente, poucas vezes lembrado, de fato, não foi sequer o pano de fundo. Estima-se que Poliana deva somar 560 capítulos no total, mas precisaria mais que isso para que sua protagonista pudesse honrar com glória a sua posição na novela.
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