Uma reviravolta um tanto estranha está prevista para acontecer nos próximos capítulos de O Sétimo Guardião. O vilão Olavo (Tony Ramos), mais uma vez, atenderá um desejo da filha Laura (Yanna Lavigne) e tomará de Valentina (Lília Cabral) tudo o que ela tem. E esta outra vilã, por sua vez, não terá outra saída senão se aliar à Gabriel (Bruno Gagliasso) e proteger a fonte do inimigo. Ou seja, Olavo ascenderá como o grande vilão da novela da Globo, enquanto Valentina deve mudar de lado.
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Tal reviravolta, um tanto decepcionante, expõe um dos muitos problemas da novela de Aguinaldo Silva. Apostar numa dupla de vilões para tentar agitar o enredo de O Sétimo Guardião se revelou uma escolha equivocada. Isso porque, ao ter duas figuras maléficas agindo ora como aliados, ora como inimigos, O Sétimo Guardião consegue o feito de esvaziar os dois personagens. O que se traduz num desperdício do talento de seus intérpretes, Lília Cabral e Tony Ramos.
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O Sétimo Guardião estreou apresentando Valentina Marsalla como a grande vilã. A megera fez um acordo estapafúrdio com Olavo, na intenção de explorar a fonte de Serro Azul que, no começo da história, ela nem sabia direito o que era. De lá para cá, ela até agiu para tentar driblar os “guardiães” e explorar a água mágica. Mas fez isso de maneira apagada. Valentina não tem o carisma e o humor corrosivo das vilãs inesquecíveis de Aguinaldo Silva, como Altiva (Eva Wilma), de A Indomada, e Nazaré (Renata Sorrah), de Senhora do Destino. Também não é uma serial killer apaixonada, como Adma (Cássia Kis), de Porto dos Milagres. Muito menos uma maluca obcecada, como Silvia (Alinne Moraes), de Duas Caras.
Valentina x Olavo
Enquanto isso, Olavo se mostrou um vilão paspalho. A princípio, aceitou o acordo com Valentina às cegas, sem nenhuma garantia de nada. Depois, passou a mero coadjuvante, resmungando pelos cantos e atendendo aos desejos da filha voluntariosa. Ou seja, Olavo é um vilão na teoria. Na prática, pouco fez.
Sendo assim, fica bem claro que a dupla do mal não funcionou. Valentina e Olavo, trabalhando juntos, não tiveram forças para segurar a trama. Pelo contrário. A parceria impediu que Valentina se estabelecesse como vilã. E Olavo nunca justificou a sua presença em cena. Aliás, não é a primeira vez que isso acontece no horário nobre. O exemplo mais recente é Babilônia, que prometia ser explosiva com a rivalidade entre as vilãs Beatriz (Gloria Pires) e Inês (Adriana Esteves). E não funcionou.
Resta saber se, agora, com a ascensão de Olavo, ele finalmente justifique sua presença em O Sétimo Guardião. E consiga fazer o que, até agora, Valentina não conseguiu. Seria, ao menos, a chance de honrar a presença de Tony Ramos, que teve poucas oportunidades na novela até aqui.
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