Diferente do horário nobre, Orgulho e Paixão foge de polêmicas e aborda romance gay com delicadeza

Publicado em 29/08/2018

Se no primeiro semestre do ano, crítica e boa parte do público se incomodavam com a forma como O Outro Lado do Paraíso abordava a homossexualidade do personagem Samuel (Eriberto Leão), e atualmente questionam o direcionamento da história de Maura (Nanda Costa) em Segundo Sol, Orgulho e Paixão consegue fazer o oposto, e com muita competência.

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Na trama das 18h criada por Marcos Bernstein, o mecânico Luccino (Juliano Laham) se descobriu gay ao se interessar por Mário (Chandelly Braz), que nada mais era que sua amiga Mariana disfarçada de homem.

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Depois, o jovem começou a se aproximar do Capitão Otávio (Pedro Henrique Müller), que conseguiu escapar de um casamento que não queria realizar sem mesmo entender o motivo. E assim se deu início ao casal do enredo que atualmente é o mais comentado nas redes sociais, chegando os fãs a criarem a hashtag #Lutávio.

Apesar de tudo ser construído de maneira muito delicada, o novelista não abriu mão dos conflitos, ainda mais por se tratar de uma produção de época. Negação, questionamentos, preconceito da família, tudo está presente, mas de maneira assertiva e sem cair no melodrama e muito menos no óbvio.

O romantismo foi criado por meio de um texto bem caprichado e cenas nas quais os atores se entregam e a direção consegue capturar tudo com maestria.  A história prende e causa reflexão, principalmente por seguir atual e criar um contraste com situações que ainda acontecem. É mais um ponto a favor da atração.

 

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