vale a pena?

Contando a história de Jacó, Gênesis promove “remake precoce” de Lia

A história já foi contada numa minissérie exibida há três anos

Publicado em 27/07/2021

Entre junho e julho de 2018, a Record TV exibiu a minissérie Lia. A produção de 10 episódios substituiu Apocalipse e foi substituída por Jesus na faixa de novelas bíblicas da emissora. Contava a história de Lia (Bruna Pazinato), que se apaixona por Jacó (Felipe Cardoso), que, por sua vez, gostava de Raquel (Graziella Schmitt), sua irmã.

Três anos depois, a emissora exibe Gênesis, que atualmente conta a história de Jacó (Miguel Coelho) e Esaú (Cirillo Luna), que dão origem aos povos edomitas e os israelitas. Lia (Michelle Batista) sofre com sua paixão por Jacó, que, por sua vez, gosta de Raquel (Thaís Melchior), sua irmã.

A minissérie exibida há três anos, chamou a atenção o fato de a emissora ter focado a trama em Lia, que deu nome à produção. Isso porque, até então, as novelas bíblicas do canal focavam histórias de homens, a maioria profetas, como em Os Dez Mandamentos (2015), A Terra Prometida (2016) e O Rico e Lázaro (2017).

Já Lia abriu espaço para folhetins menores e dando protagonismo às mulheres, numa narrativa que teria uma sequência depois, quando Jezabel (2019) substituiu Jesus. Mesmo assim, a história é a mesma, tendo apenas perspectivas diferentes. Ou seja, atualmente, Gênesis promove uma espécie de remake precoce de Lia.

Assim, Gênesis ficará marcada como uma espécie de “reboot” das novelas bíblicas da Record. Afinal, a próxima fase será José do Egito, que também já foi uma minissérie da emissora. Além disso, a substituta de Gênesis será Reis, trama na qual um dos protagonistas é Rei Davi. Que, como se sabe, também já protagonizou uma minissérie bíblica do canal.

Apesar de a Bíblia ser uma fonte generosa de histórias, poucas são mais conhecidas para um público mais amplo e mais leigo nos estudos bíblicos. E, das sagas mais famosas, praticamente todas já ganharam versões na Record TV. Sendo assim, Gênesis prepara o terreno para que a emissora revisite, novamente, as tramas mais “populares” do Livro Sagrado.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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