Reprises enfraquecem “Novelas da Tarde” do SBT

Publicado em 14/11/2019

Na última terça-feira (12), o SBT exibiu o último capítulo da novela A que Não Podia Amar. Inédita no Brasil, a trama mexicana trouxe de volta às telas do canal Ana Brenda Contreras, uma das atrizes do México mais queridas por aqui. E a saga de Ana Paula foi muito bem-aceita pelo público do canal. Porém, a emissora optou por substituir a novela por uma reprise de Meu Coração É Teu. A “novidade” forma uma dobradinha com Abismo de Paixão. Ou seja, as atuaisNovelas da Tardedo SBT são todas reprises.

Com isso, mais uma vez, o SBT enfraquece a faixa Novelas da Tarde. A exibição de novelas mexicanas no fim de tarde se revelou um grande acerto da emissora, que conseguiu consolidar um público fiel. Porém, ideias equivocadas, como a reprise de Carrossel e a insistência em Milagres de Nossa Senhora (que nem ao menos é uma novela) comprometeram a faixa. Agora, ao abrir mão de uma novela inédita no horário, o canal perde a chance de fortalecer a faixa.

O histórico das Novelas da Tarde mostra que o público do horário prefere dramalhões tradicionais, fugindo de histórias infantis ou séries religiosas. Sendo assim, uma reprise é até aceita, vide o sucesso de repetecos como Coração Indomável recentemente. Mas parece um desperdício exibir duas novelas de tarde, e as duas serem reprises. O público do horário merecia, ao menos, uma inédita.

Excesso de reprises

Além das duas novelas vespertinas, o SBT ainda reserva seu horário nobre ao repeteco de novelas. A reprise de Cúmplices de um Resgate segue firme e forte na grade noturna, depois da inédita As Aventuras de Poliana. Com isso, são três folhetins reprisados sendo exibidos diariamente no canal de Silvio Santos. Um número elevado, que fragiliza a programação.

A emissora empata com a Record TV, que atualmente exibe três reprises de novelas: A Escrava Isaura, Caminhos do Coração e O Rico e Lázaro. É demais. O público brasileiro gosta de novelas, e uma reprise ou outra é sempre bem-vinda. Porém, o problema é o excesso. Repetecos em demasia expõem a dificuldade das emissoras abertas brasileiras de trazer algo novo ao seu público.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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