Mesmo andando em círculos, Casos de Família mostra fôlego na audiência

Publicado em 04/05/2018

O SBT até preparou um novo cenário e uma nova concepção visual para comemorar os nove anos de Christina Rocha à frente do Casos de Família, um dos mais longevos vespertinos da história da emissora. Além destes anos com Christina, o Casos de Família foi comandado, entre 2004 e 2009, por Regina Volpato. Ou seja, lá se vão 14 anos de muitos debates, brigas, discussões e reconciliações familiares no palco.

A marca é inacreditável, sobretudo se levarmos em consideração o tempo sob a “gestão” de Christina Rocha. Se com Regina Volpato o Casos de Família chamava a atenção pelo debate de ideias, baseado na conversa e na argumentação, agora a atração vive de barracos e gritaria. Além disso, a versão original do programa trazia temas que realmente tinham a ver com o universo familiar; hoje, vale qualquer coisa.

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E neste “vale tudo”, Casos de Família passou a beber da fonte de João Kleber e seu Você na TV, com temas que mais parecem piada pronta. Entre os temas non sense já apresentados por Christina Rocha estão “Eu canto bem! Você que escuta mal”, “Nunca devia ter deixado meus filhos irem para o funk”, “Minha sogra precisa ser queimada para não correr o risco de voltar”, “Você é mais rodada que porta giratória de banco”, entre outros “assuntos” inusitados.

E o mais impressionante é que mesmo já tendo esgotado todas as possibilidades de temas, o Casos de Família ainda demonstra musculatura na audiência. Atualmente, o programa vem registrando índices bastante satisfatórios, garantindo a vice-liderança para o SBT. Nada mal para uma atração que já esteve na berlinda várias vezes. Casos de Família chegou a ser transformado em semanal, para depois ser cancelado em seguida; pouco tempo depois foi retomado e ganhou sobrevida, até chegar aos dias de hoje em plena forma.

É nítida a satisfação de Christina Rocha à frente do Casos de Família, e talvez seja esse o segredo para a longevidade do programa. Mas é uma pena que, nos dias de hoje, um telebarraco ainda surja como uma das principais opções na programação vespertina da TV aberta.

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