Sob comando de Chris Flores, BBQ Brasil estreia com edição caprichada

Publicado em 12/08/2017

O SBT estreou neste sábado (12) a nova temporada do programa BBQ Brasil. De origem britânica, mas com sabor muito brasileiro, a atração reúne 16 participantes que competem pelo título de melhor churrasqueiro amador do país.

A novidade maior foi mesmo Chris Flores no comando. Ela substitui Ticiana Villas Boas, que se desligou do SBT. Mostrando-se segura, Chris não deixou espaço para que o telespectador sentisse falta da antiga apresentadora.

O programa começou de maneira linear e com muito ritmo. Os roteiristas apostaram em apresentar de maneira didática o funcionamento da competição, apesar de recorrerem estrategicamente ao recurso de flash-forward, uma espécie de escalada do episódio.

“Apertem os cintos e sejam bem-vindos à segunda temporada de BBQ Brasil – Churrasco na Brasa”, declarou Chris Flores, em uma espécie de “que comecem os jogos”, frase tradicionalmente dita em abertura de Jogos Olímpicos.

Na sequência, a apresentadora revelou o número de competidores e mencionou “provas de tirar o fôlego” e “desafios para ninguém botar defeito”. O programa mostrou, então, as primeiras impressões de alguns participantes, elogiando a estrutura do set de filmagem, um haras no interior de São Paulo.

Semelhantemente à estratégia de publicidade no Masterchef, da Band, por exemplo, Chris reforçou o prêmio para o vencedor e citou as marcas que patrocinam o programa nesta temporada.

“Recebam com carinho os novos jurados da nova temporada do BBQ Brasil”, disparou a condutora aos competidores, momentos antes de se iniciar uma apresentação para o público da chef Danielle Dahoui e do mestre churrasqueiro Carlos Tossi.

Chris Flores adianta detalhes do novo BBQ e revela se voltaria ao comando de um matinal

Dahoui preferiu apresentar números para reforçar uma carreira de sucesso, enquanto que ele apareceu em tom um muito exigente, quase intimidador, ao falar sobre o que espera dos participantes.

Em seguida, houve uma nova explicação sobre as provas, sendo a primeira, uma criativa, autoral, uma apresentação técnica de cada competidor aos jurados. Enquanto isso, a edição priorizou distribuir curtos videoteipes sobre os aspirantes ao prêmio.

A segunda parte do programa, já em uma prova em grupo, deixou a edição mais interessante ao apresentar conflitos entre os participantes. Um embate interessante é entre homens e mulheres, que nesta temporada aparentam estar mais engajadas em mostrar que são tão boas quanto os concorrentes do sexo masculino.

Em termos técnicos, o programa desde as primeiras imagens impressionou pela qualidade. As locações estavam, de fato, impecáveis. A iluminação lembra a do programa feito no Reino Unido, país reconhecido por ter uma das melhores indústrias de TV do mundo.

Se, por um lado, os primeiros minutos quase cansaram por serem tão explicativos, o jogo de câmeras e a sonoplastia empurraram o telespectador mais entediado para a segunda meia hora do primeiro episódio do BBQ.

Ao fim da última prova, a de eliminação, ocorreu uma dose generosa de expectativa. Em clima de suspense, teve deliberação dos jurados, chamada de participantes à frente, justificativa sem dizer quem é o eliminado e, então, o anúncio de Chris Flores.

Contudo, além da simpatia da apresentadora, o programa trouxe pontos interessantes, como as pinceladas precisas de emoção e competitividade, que, sim, deram muito tempero para a edição. Lágrimas e intrigas ainda são ingredientes vitais para esse tipo de programa.

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