Mesmo desgastado, MasterChef ainda é bom negócio para a Band

Publicado em 23/08/2017

A vitória de Michele Crispim colocou um ponto final em mais uma bem-sucedida temporada do MasterChef Brasil, único programa relevante da grade da Band na atualidade. Mais uma vez, a emissora promoveu uma final ao vivo, com a presença de muitos “digital influencer”, tudo para garantir a boa repercussão de sempre do programa nas redes sociais.

O reality show é dono de várias qualidades, mas já demonstra sérios sinais de cansaço. A cada temporada, os jurados Henrique Fogaça, Érick Jacquin e Paola Carosella se tornam, cada vez mais, reféns das personas que criaram para si mesmos dentro do jogo. Como acontece sempre, cada um deles assume um papel; embora todos eles sejam meio sádicos em vários momentos, normalmente Fogaça é o durão, Jacquin o mal-humorado engraçado, e Paola a “fofa”. Conforme o tempo passa, a tendência é que eles fiquem mais e mais viciados nestes papéis, tornando a performance over.

Mesmo assim, a Band insiste em fazer uma temporada atrás da outra. E nem tem como ser diferente, pois, além de ser o único programa relevante da grade, MasterChef rende boa audiência e excelente faturamento. Por que, então, poupar um formato cujos resultados positivos são tão evidentes?

Não que a Band não tente sair desta posição de refém do MasterChef. No ano passado, o canal tentou algo novo com The X Factor Brasil, que se revelou um grande fiasco. Já este ano, lançou À Primeira Vista, que é até divertido, mas não empolgou na audiência. A próxima aposta será o formato Exathlon Brasil, com apresentação de Luis Ernesto Lacombe. Vamos ver se agora vai. Mas se não for, não tem problema, porque daqui há algumas poucas semanas, estreia mais um MasterChef Profissionais.

Michele Crispim é a nova MasterChef Brasil

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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