Gabriel Godoy é um ‘gigante’ da nossa dramaturgia atual

Publicado em 29/05/2019

Gabriel Godoy é um ‘gigante’ da nossa dramaturgia atual Antes de estrear Verão 90, estava conversando com uma amiga jornalista e ela falou o seguinte: “gosto muito do Galdino, vai ser interpretado pelo Gabriel Godoy”. Juro que não levei a sério a sugestão da amiga e deixei o personagem de lado. Fui me apaixonar por outros tipos da trama assinada por Paula Amaral e Izabel de Oliveira.

Porém, parece que a minha colega de profissão acertou em cheio: Galdino se tornou o personagem mais amado e, ao mesmo tempo, odiado do folhetim. Vale ressaltar que Gabriel Godoy é o grande responsável por isso. Já que esse ator visceral, sem ser clichê, se entrega de corpo e alma a tudo o que faz, e faz bem.

O rei da rua

O pilantra defendido por Godoy existe não só na dramaturgia mundial, como em cada esquina de uma grande metrópole: aquele tipo que faz de tudo para se dar bem, mas que, muitas vezes, quebra a cara. Contudo, dar vida a um personagem como esse, não é tarefa fácil para a qualquer um, já que se não souber medir bem os ingredientes, o papel pode descambar para o caricato.  Algo que não aconteceu com Galdino, já que Gabriel dosou cada colherada dos ingredientes fundamentadas: gestual, fala, atuação, e o mais importante de todos, a disponibilidade, sua entrega.

A gente percebe que Gabriel está, nos últimos meses, vivendo somente para esse pilantra das ruas do Catete [bairro do Rio de Janeiro]. Sem esquecer da caracterização da trama, já que, na reta final, o pilantra irá aparecer rico e poderoso no papel de Andreas Moratti, investidor europeu, que deixará Mercedes Ferreira Lima (Totia Meireles), na miséria.

Talento é talento

Gabriel é um dos pouquíssimos atores que tem um arcabouço cultural bem vasto. Vive as verdades – a e mentiras –  de seus personagens com uma intensidade, que acaba envolvendo o telespectador em sua ‘teia’ de atuação. Ele é tão bom no que faz que o público torce para o malandro se dar bem. E, parece que Galdino se dará muito bem no final. Ponto para astro, que tem tudo para se tornar um dos melhores atores dessa nova safra de intérpretes. Gabriel, sucesso nessa jornada, desde já, exitosa…

PS: Galdino também conquistou o meu coração…

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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