Claudio Lins é filho da atriz Lucinha Lins e do cantor Ivan Lins. Aos 11 anos iniciou a carreira teatral no espetáculo infantil ‘Sapatinho de Cristal’, participando de outras peças até entrar no curso de teatro do Tablado, no Rio.
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Ele teve várias bandas na adolescência e lançou seu primeiro CD em 1999. Na televisão fez várias novelas como História de Amor (1995), Sabor da Paixão (2002), Babilônia (2015), Malhação: Vidas Brasileiras (2019) e foi um dos participantes do ‘Popstar’ em 2017.
O seu papel de maior destaque foi na novela Esmeralda (2004) onde protagonizou José Armando, e por coincidência trabalhou ao lado de sua mãe Lucinha Lins (Branca Álvarez Real), ou seja, mãe e filho na vida real e na ficção.
Seu último trabalho no SBT foi na novela Amor e Revolução em 2011 onde interpretava o Major José Mariano Guerra, trama de Tiago Santiago, que está disponível no catálogo do SBT Vídeos.
Em um bate-papo, o ator declarou “Conseguimos um resultado realmente surpreendente em função também de um elenco que fez essa novela com todo o amor e carinho” em relação a novela Esmeralda que ganhou uma terceira reprise nas tardes do SBT.
RODRIGO CERIBELLI- Você pode falar do seu personagem José Armando e como foi escolhido para fazer esse papel?
CLÁUDIO LINS- Já faz muito tempo, logo completará 20 anos essa novela, tenho a impressão de que fui escolhido para fazer esse personagem depois que chamaram a minha mãe, pois gostaram da ideia de ter mãe e filho na novela.
RC- Já tinha trabalhado com a sua mãe “Lucinha Lins” em outras produções?
CL- Sim, essa foi a terceira novela que trabalhamos juntos, depois a gente não trabalhou mais. Antes fizemos mãe e filho nas novelas: Tiro e Queda na Record e Perdidos de Amor na Band.
Adoro trabalhar com ela, a gente sempre troca informações sobre a carreira.
RC- Chegou imaginar de que a novela Esmeralda seria esse grande sucesso até hoje?
CL- Não imaginei eu posso estar errado, mas que eu saiba ela é até hoje, o maior sucesso da teledramaturgia do SBT. Esse tipo de novelas que o SBT produzia na época, me lembro que quando ela passou pela primeira vez ela dava tipo 20 pontos de audiência.
Tenho toda a gratidão pelo SBT, mas naquela época o núcleo de teledramaturgia do SBT era precário, a gente gravava muitas horas por dia de segunda a sábado.
O nosso texto era tão precário que era o texto da dublagem da versão mexicana, dava muito trabalho não só de decorar, às vezes tinha que reescrever algumas falas, porque não tinha muito sentido para a versão brasileira.
RC- Como fez para gravar a cena em que “José Armando” fica cego no final da novela?
CL- Foi um exercício interessantíssimo, porque tem uma hora que você passa não ver de olho aberto, vai treinando que você consegue ficar de olho aberto e não focar em nada.
RC- Qual foi a cena mais difícil de fazer na novela?
CL- A cena mais difícil foram as dramáticas mais para o final da novela que exigiam um pouco mais. Outra cena foi a do último capítulo quando ele volta a enxergar também foi muito emocionante de ser feito, nós já estávamos todos esgotados.
RC- Como foi a sua participação na novela Amor e Revolução de Tiago Santiago?
CL- Foi uma novela de época que abordou o tema da ditadura. Me lembro que na época os militares reclamaram, porque eles eram colocados como vilões, mas não tem jeito numa ditadura, quem fez a ditadura foram os militares.
Meu personagem foi um militar que não concorda com o regime e se volta contra esse regime.
RC- Quais são os seus novos projetos?
CL- Estarei numa peça que vai estrear em julho aqui em São Paulo chama-se “Amor por Anexins” um texto do Artur de Azevedo, ou seja, um clássico da nossa dramaturgia nacional, uma comédia estarei no palco com a Mariana Galindo direção de Elias Andreato e já emendo numa temporada paulista do musical “Bem Sertanejo” estrelado pelo Michel Teló.