Entrevista

A História de Ana Raio e Zé Trovão marcou época na TV Brasileira

Ingra Lyberato, que deu vida à Ana Raio, nos contou como foi a construção das suas personagens das novelas Pantanal e A História de Ana Raio e Zé Trovão

Publicado em 12/05/2022

A História de Ana Raio e Zé Trovão foi exibida originalmente em 1990, pela TV Manchete, e se consagrou como um grande sucesso da dramaturgia brasileira.

A trama marcou época na TV Brasileira, foi gravada na região Meio-Oeste catarinense. O ator Almir Sater, viveu o Zé Trovão e ao lado de Ingra Lyberato, eles protagonizaram, cenas lindas e inesquecíveis nessa superprodução da Rede Manchete.

Destaque para Nelson Xavier, Tamara Taxman e Giuseppe Oristânio que estiveram super bem, em seus papéis.

O elenco reuniu mais de cem intérpretes, entre atores e artistas do mundo circense. A novela teve 251 capítulos, sendo a segunda maior da história da Rede Manchete.

Zé Trovão (Almir Sater) e Ana Raio (Ingra Liberato)
Zé Trovão Almir Sater e Ana Raio Ingra Lyberato

Apesar de já figurar em produções importantes, o destaque maior veio ao dar vida a Madeleine, na primeira fase de Pantanal (1990), onde fez par romântico com Paulo Gorgulho. Também em 1990, graças ao sucesso de sua personagem, Ingra Lyberato foi a protagonista de A História de Ana Raio e Zé Trovão, contracenando com Almir Sater.

Em um bate-papo, a eterna Ana Raio declarou “Essas personagens que marcaram tanto a minha vida e me transformaram mesmo como pessoa, foi o início da minha carreira de atriz e nesse momento que a gente está assistindo o remake de Pantanal que está tão bonito, ver outras leituras sobre os personagens”.

RODRIGO CERIBELLI- Na abertura da novela “A História de Ana Raio e Zé Trovão” aparecem muitas caravanas, poderia nos contar sobre essa viagem pelo Brasil?

INGRA LYBERATO- Talvez você não saiba, mas a campanha toda da novela era o Brasil que o Brasil não conhece.

O grande propósito da nossa novela era mostrar esse Brasil rural, do interior, de todas as colonizações que a gente tem, uma caravana, fazer um passeio por esse Brasil.

Foi preciso uma novela itinerante, que não precisasse de estúdio, algo inédito que ninguém nunca fez e provavelmente nunca mais irá fazer, porque você colocar um capítulo todos os dias no ar e ficar trabalhando só na externa foi uma loucura.

RC- Como foi fazer esse sucesso como a estrela de A História de Ana Raio e Zé Trovão” e como surgiu a história da novela?

IL- Eu nasci numa família de artistas, meu pai que faz cinema de animação, é artista plástico e a minha mãe é roteirista. Eu cresci nesse ambiente e me apaixonei pelo teatro logo que eu cheguei no Rio de Janeiro.

Quando me chamaram para eu fazer o teste para Pantanal, fiz uma cena com o Paulo Gorgulho e tivemos muita química. Essa primeira fase da Madeleine para mim foi uma surpresa ver o fenômeno que Pantanal se tornou especialmente porque eu era uma iniciante. Era o meu segundo trabalho importante na televisão e fez um sucesso estrondoso com a personagem de Madeleine.

Na época o diretor Jayme Monjardim foi meu namorado e comecei a acompanhá-lo nas gravações de Pantanal e foi em Barretos na Festa de Peão onde estava gravando uma cena de Pantanal, que nasceu a novela A História de Ana Raio e Zé Trovão.

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