O repórter Alexandre Silvestre foi agredido durante uma transmissão ao vivo da TV Gazeta para a internet, após a partida entre Atlético-MG e Palmeiras pela semifinal da Copa Libertadores da América. O jornalista participava da live diretamente do Mineirão e entrevistava torcedores atleticanos insatisfeitos com a eliminação do clube. Um grupo intimidou o profissional de imprensa, que minutos depois sofreu um golpe na cabeça e caiu no chão.
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“Eu acho que vou ter que dar uma saída daqui porque estou começando a ser assediado”, disse Alexandre Silvestre para os colegas. O jornalista Osmar Garraffa, que também participou da transmissão, o alertou: “Fique esperto, saia da confusão! Cuidado com o seu celular”.
O repórter se afastou dos torcedores encrenqueiros, mas dez minutos depois foi atacado com um capacete e gritou desesperadamente: “O que é isso, velho? O cara me agrediu aqui, p…!”. Alexandre Silvestre ainda teve o celular danificado.
“Tomei um capacete na cabeça. O cara veio por trás, pegou o capacete da moto e deu na minha cabeça e nas minhas costas, mas ele se ferrou, porque minha cabeça é dura e o capacete dele quebrou”, falou o repórter, mostrando o objeto aos colegas.
Silvestre voltou a participar da live para avisar que a Polícia Militar de Minas Gerais, responsável pelo entorno do Mineirão, conseguiu localizar e prender o agressor. O jornalista foi atendido pelos agentes de segurança e registrou boletim de ocorrência virtual.
Procurada pela coluna, a TV Gazeta informou que Alexandre Silvestre está bem e trabalha normalmente. A ACEESP (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) se solidarizou com o jornalista e repudiou a agressão.
“É repugnante que, no exercício da sua profissão, um jornalista seja agredido, hostilizado e desrespeitado. Não é a primeira vez e não se resume a um clube, a um jogador, a uma torcida, nem a um estádio especificamente. A cada dia a intolerância se faz presente nas praças esportivas com episódios lamentáveis. A ACEESP repudia toda e qualquer agressão contra jornalistas, o que fere a liberdade de expressão e o direito garantido na Constituição”, publicou a entidade.
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