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Juliette dedica música do CPM 22 à irmã e emociona vocalista: “Pode gravar”

Campeã do BBB 21 cantou Vidas que se Encontram na série Você Nunca Esteve Sozinha, do Globoplay

Publicado em 13/07/2021

“Enquanto você me fizer sorrir, eu vou estar bem aqui”. O verso que uniu para sempre Juliette Freire e sua irmã, Julienne, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 2007, é de autoria de um dos roqueiros mais famosos do Brasil. Badaui, vocalista da banda CPM 22, admite ter se emocionado ao ouvir Vidas que se Encontram na voz da campeã do BBB 21 e lhe autoriza a lançar a música profissionalmente.

As vidas de Badaui e Juliette se encontraram quando Julienne escreveu em sua rede social a letra da música do CPM 22. Aquela seria sua última publicação antes de sofrer um AVC com apenas 17 anos. A irmã mais velha eternizou o verso com uma tatuagem (que ficou ilegível e precisou ser coberta) e comentou sobre a música durante o BBB. Quando foi anunciada por Tiago Leifert vencedora do reality show da Globo, subiu ao topo do pódio gritando aos céus: “Minha irmã, eu vou fazer você sorrir!”, em referência à estrofe.

Tatuagem de Juliette com o verso do CPM 22 à direita o mesmo desenho estilizado em uma escultura MontagemReproduçãoGloboplay

Na última semana, Juliette apareceu cantando Vidas que se Encontram no segundo episódio da série biográfica Você Nunca Esteve Sozinha, do Globoplay. O efeito foi imediato. Segundo a plataforma Google Trends, as buscas pela letra da canção cresceram 200% e pelo nome CPM 22, 110%. Páginas sobre a ex-sister espalharam nas redes sociais a performance musical da campeã do Big Brother Brasil, que já se apresentou com Gilberto Gil, Alceu Valença, Elba Ramalho, Wesley Safadão e Xand Avião.

O sucesso repentino de Vidas que se Encontram impressionou Badaui por ser uma faixa pouco lembrada do segundo álbum do CPM 22, lançado em 2002. Em entrevista exclusiva à coluna, o cantor elogia Juliette e diz que acompanhou a trajetória da advogada paraibana no programa da Globo.

“Assisti a esse BBB por causa da minha mulher e achei a Juliette muito sincera, muito humilde e canta bem demais. As pessoas se irritaram com ela dentro da casa, mas ela deu a volta por cima sendo verdadeira, mostrando que as pessoas, independentemente de gostarem de você ou não, têm que ser verdadeiras. Ela tem um futuro brilhante, não só por estar conhecida, mas porque canta bem. Fiquei surpreso ao vê-la cantar uma música ‘lado B’ nossa para mostrar a relação com a irmã, muito bonito isso. Agora tem esse vídeo dela cantando meio MPB, lindo. Eu gostaria de ter conhecido a irmã dela, que provavelmente gostava da banda”, conta o vocalista, que já se apresentou com o CPM 22 em Campina Grande, cidade natal de Juliette e Julienne.

Vidas que se Encontram nasceu como uma declaração de amor de Badaui para uma antiga namorada, há 20 anos. Com influências de MxPx e outras bandas de punk rock, a poesia romântica ganhou sonoridade pesada e se tornou uma das favoritas dos fãs. Nos shows do CPM 22, o vocalista já dedicou a música à atual noiva, Mari Graciolli (o relacionamento com a influenciadora ganhou tema próprio este ano, com o single 2014).

“Estava fazendo a letra para uma menina. Eu era jovem, tinha 20 e poucos anos, e é difícil um relacionamento jovem durar para sempre, então escrevi que enquanto estiver feliz eu vou estar aqui”, explica o cantor sobre o verso que Juliette chegou a tatuar em homenagem à irmã. Badaui dá permissão à campeã do BBB 21 para gravar a música (e nem precisa ser em punk rock como é originalmente).

“Vidas que se Encontram ficou emocionante na voz da Juliette. Seria legal se ela gravasse, não só por ser ela, mas considerando que é uma personalidade muito influente e gosta de uma música que eu escrevi com o coração, não vejo por que não ter essa conexão. A música, quando é boa, pode ser cantada em todos os estilos”, conclui.

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