Silenciosamente, a Globo de São Paulo promove uma “revolução feminina” em seu departamento de esportes. Em meio ao processo de renovação da equipe, nunca houve tantas mulheres repórteres como neste ano. Neste mês, a emissora somará oito jornalistas à frente das câmeras, marca inédita e que reforça a louvável iniciativa de aumentar a pluralidade de um setor ainda machista.
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Nos próximos dias, estrearão as repórteres Amanda Barbosa, ex-EPTV (afiliada em Ribeirão Preto), e Júlia Dotto, ex-RBS (afiliada gaúcha). Ambas participaram de um “intensivão” na sede paulistana da Globo em 2021 e voltaram para seus respectivos canais, mas ficaram no radar da emissora. O trabalho delas no Globo Esporte e no Esporte Espetacular agradou, e em abril foram contratadas em definitivo.
Amanda e Júlia se unem a Estella Gomes, que trabalhava para o COB (Comitê Olímpico do Brasil) e bate ponto na Globo e no canal pago SporTV desde o mês passado; e Aline Galdino, ex-TV Tem, SBT e Esporte Interativo, efetivada em março para substituir Denise Thomaz Bastos, “emprestada” ao jornalístico Mistura Paulista.
Além das quatro recém-contratadas, o esporte da Globo tem as repórteres Lívia Laranjeira, Joanna de Assis e Gabriela Ribeiro (esta foi promovida a apresentadora em março de 2021, após mais de seis anos sem mulheres no rodízio do Globo Esporte). Recentemente, a TV Tribuna (afiliada na Baixada Santista) contratou Débora Carvalho para cobrir o Santos, sendo mais um rosto feminino presente no programa.
O time feminino ainda não é proporcional à população brasileira (formada, em maioria, por mulheres), mas representa um avanço significativo em relação aos últimos anos e a um setor dominado por homens. Com a renovação da equipe também entre cinegrafistas, produtores e editores, a Globo mostra que futebol, para desespero dos machistas, sempre foi coisa de mulher.
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