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De volta à TV, Fernanda Pineda realiza sonho na MTV e revela se topa entrar no De Férias com o Ex

À coluna, apresentadora fala sobre estreia em quadro sobre games e superação após fim traumático da Loading

Publicado em 15/08/2022

A apresentadora Fernanda Pineda e a MTV sempre estiveram próximas. Ela já trabalhou para a editora que comandou o canal até 2013 e estreou na televisão usando as antigas instalações da emissora, em 2020. Após o fim traumático desta última experiência, a criadora de conteúdo digital retorna à TV onde sempre sonhou trabalhar. Finalmente Fernanda Pineda e MTV deram “match”.

A partir desta segunda-feira (15), a apresentadora comandará duas colunas semanais sobre games e universo geek: MTV News Gaming, dentro do MTV News, e MTV Hits Gaming, durante o MTV Hits. Em entrevista exclusiva à coluna, Fernanda Pineda admite se sentir em casa ao unir o mundo nerd à cultura pop, como fez no programa Multiverso, da extinta Loading.

“Trabalhar na MTV é um sonho. Desde adolescente, era o canal que eu mais assistia. Quando chegou o convite, quase caí para trás, especialmente depois de tudo o que passei. Essa volta, ainda mais na MTV, me fez me sentir realizada. Depois de tudo o que aconteceu, confiarem no meu trabalho é algo que me engrandece demais. Estou muito feliz, é a realização de um sonho e que veio depois de uma situação tão delicada para mim, para minha carreira e para as pessoas que trabalharam comigo”, comemora Pineda.

A apresentadora ainda analisa a convergência entre TV e redes sociais e brinca sobre um possível convite para o De Férias com o Ex, já que também é especialista em conselhos amorosos. Confira abaixo a íntegra da entrevista com Fernanda Pineda:

A apresentadora Fernanda Pineda, da MTV

PAULO PACHECO: Você já trabalhou no prédio da antiga MTV [a Loading utilizou as instalações da emissora em São Paulo]. Como é trabalhar agora na própria MTV?

FERNANDA PINEDA: Em primeiro lugar, estou realmente muito animada, muito feliz e muito honrada com a confiança que a MTV está dando para mim nessa abertura para falar desse assunto. Acho que vem em um excelente momento e me sinto muito feliz de ter sido a pessoa que vai encabeçar esses dois quadros de games. Trabalhar na MTV é um sonho. Desde adolescente, era o canal que eu mais assistia. Sempre acompanhei muito tudo da MTV. Quando chegou o convite, quase caí para trás, especialmente depois de tudo o que passei. Essa volta, ainda mais na MTV, me fez me sentir realizada. Depois de tudo o que aconteceu, confiarem no meu trabalho é algo que me engrandece demais. Estou muito feliz, é a realização de um sonho e que veio depois de uma situação tão delicada para mim, para minha carreira e para as pessoas que trabalharam comigo.

A proposta do quadro é falar de games e cultura pop com esse olhar misturado, até para a gente começar a falar desse assunto com esse público da MTV também trazendo coisas que eles já conhecem. Na estreia, vamos falar do show do Justin Bieber dentro do Free Fire. Temos exemplos mil de como os universos estão se colidindo cada vez mais. E é o jeito que mais gosto de falar sobre isso, adoro quando as coisas se misturam dessa maneira. Vai ser uma ótima porta de entrada para a gente começar a falar de games na MTV e, eventualmente, cada vez mais falar do universo geek, porque as coisas estão conectadas.

PP: Como você costuma se atualizar no tema que vai apresentar na MTV?

FP: Meu próximo jogo é o Stray, que a internet apelidou de “jogo do gato”. Quero jogar com a minha gata assistindo [Fernanda adotou Nina, de 7 anos, e Hannah, de 13]! Como trago muitas notícias e novidades, é difícil conseguir jogar tudo, porque são muitas horas de dedicação, mas para o quadro acabo ficando por dentro de tudo, o que está bombando, o que a galera está mais jogando. Stray está rendendo muitos memes e campanhas para ajudar gatinhos. Essa movimentação é muito legal. Fico com a antena sempre ligada. Hoje em dia, nossa oferta de entretenimento é tão gigantesca que precisamos fazer uma curadoria, escolher o que vamos acompanhar. O quadro vai ser bem interessante no sentido de apresentar algumas coisas, porque é humanamente impossível a gente consumir todo. O algoritmo da internet pode resolver muita coisa, mas não resolve tudo. Ter essa relação legal com o público de apresentar coisas é muito bacana. A gente se coloca também como um amigo levando uma novidade, com responsabilidade, mas com esse jeitinho ousado e descontraído da MTV.

PP: Você se preparou psicologicamente para realizar o sonho de voltar à TV depois do fim da Loading?

FP: TV realmente é um sonho. Na minha carreira, sempre foi meu norte, meu desejo maior. É engraçado que, desde o meu primeiro estágio, sempre trabalhei com audiovisual para o online. Sou uma profissional especializada em entretenimento e cultura pop, todos os veículos por onde passei tiveram esse viés, tendo em mente que eu adoraria ir para a TV. Em paralelo, sempre mantive as minhas redes sociais produzindo conteúdo, algo que vejo como fundamental para quem quer ser um comunicador hoje. É um movimento que todos os apresentadores fazem hoje. É difícil separar um comunicador da TV de um influenciador. Todo mundo que tem uma presença digital se torna um influenciador. Não me vejo tanto assim, sou mais uma criadora de conteúdo.

Fernanda Pineda no extinto canal Loading
Fernanda Pineda no extinto canal Loading

Quando surgiu o convite da Loading, eu trabalhava em outro veículo e aceitei. Foi uma oportunidade incrível, minha primeira vez na TV com esse alcance. Já tinha feito outros projetos pontuais, mas a Loading deu uma grande abertura. Realmente foi muito legal tudo o que a gente construiu ali, mesmo com pouca estrutura, muito mérito da equipe, que é maravilhosa. A equipe era sensacional. Se a gente conseguia ter forças e, como apresentadora, estar lá com a confiança de entregar informação e falar todos os dias ao vivo, tendo ali só uma pauta, mas não um roteiro, realmente dar a cara, é porque a gente estava muito respaldado, bem no clima ‘ninguém solta a mão de ninguém’, todo mundo muito unido e talentoso.

Terminou de um jeito abrupto e muito triste. Em nenhum momento, eu duvidei da minha capacidade. Pelo contrário, vejo que cresci muito lá. Quando saí, me senti mais pronta do que nunca! Má administração em empresas acontece, já estive em outras situações e vi acontecer com colegas. Claro que afetou a minha carreira. Houve um lado de me deixar muito chateada. Passei por um período com muita dificuldade de criar, mesmo para as minhas redes. Tive que digerir esse luto. O público perguntava muito, queria muito saber, mas segui fazendo o meu. Passou um ano, continuei criando meu conteúdo, trabalhando com marcas fantásticas, aproveitei a audiência nova e investi nisso como nunca tinha investido antes, tornando o meu carro-chefe. Tive meu momento de recolhimento, mas passei a criar até para o TikTok!

PP: Muitos influenciadores digitais não conseguem repetir o mesmo sucesso quando migram para a TV. Você, que tem experiência nas duas plataformas, vê diferença de linguagem entre elas?

FP: Acho que há diferenças, obviamente, e acho natural esse movimento da TV de quer se aproximar da linguagem da internet. Hoje, a gente quer se sentir amigo das pessoas que estamos vendo ou de quem estamos consumindo conteúdo. O poder de gerar identificação que vemos nas personalidades da internet é muito interessante, e é normal a TV querer trazer essa aproximação. Não posso falar pelas pessoas que não deram certo, acho que cada caso é um caso, mas se o influenciador quer dar esse passo é muito importante ter o interesse de estudar, conversar muito com a equipe com quem está trabalhando, entender muito bem sobre o que está falando, ter a consciência da importância da sua voz quando vai para um veículo maior. A responsabilidade é tremenda! Você não está falando só com seus seguidores, está entrando na casa das pessoas, e isso muda tudo! Por outro lado, os profissionais dos bastidores têm que oferecer cada vez mais esse respaldo para a pessoa se sentir segura. Ter consciência da responsabilidade e manter a sua personalidade, na medida do possível, é a chave do sucesso para mim.

PP: Além de games e cultura pop, outra especialidade sua é falar sobre relacionamentos. Em suas redes sociais, pessoas te procuram para desabafar ou pedir dicas. Na antiga MTV, aprendemos sobre amor e sexualidade em programas como Fica Comigo, Beija Sapo, Erotica e Ponto Pê. Na nova MTV, com De Férias com o Ex, Rio Shore e outros realities, você toparia entrar em algum destes programas como apresentadora ou até participante?

FP: Eu acho que nunca poderia participar do De Férias com o Ex porque minha lista de veto ia ser muito grande (risos). É difícil, você tem que pensar em alguém que vai reencontrar. Eu já fico: ‘Acho que não é para mim, não consigo’. Não teria como (risos)! Mas eu amo esse assunto. Amo falar de relacionamentos. Já recebi na minha caixinha de perguntas do Instagram histórias absurdas, histórias muito loucas! É muito legal ver a pegação alheia, por isso os programas da MTV fazem muito sucesso, é muito divertido, o pessoal de tem uma personalidade explosiva e rende muita fofoca, mas percebo que há tantos formatos de relacionamentos diferentes que as pessoas se sentem carentes de poder entender o que estão vivendo, se está saindo, ficando, se é um contatinho, se é um namoro fechado, namoro aberto. São mil cenários diferentes e as pessoas estão confusas. Se fosse para eu conduzir alguma atração nesse sentido, de relacionamentos, eu gostaria de dar conselhos ou discutir coisas. Acho que seria muito legal. Acho bacana, por exemplo, a MTV ter o Podshore depois do Rio Shore para debater o que aconteceu. Uma discussão em cima da fofoca. As pessoas estão muito confusas e seria muito legal sobre isso, e não só sobre sexo, mas como lidar com os modelos diferentes de relacionamentos que temos hoje.

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