Há 20 anos, Globo e SBT protagonizaram uma das maiores brigas da história da televisão. A emissora carioca havia processado a concorrente por ter plagiado o Big Brother, reality show então inédito no Brasil. Em 2001, meses depois de ter recusado comprar o formato da produtora holandesa Endemol, Silvio Santos inventou um programa que consistia em trancar 12 pessoas em uma mansão, com provas e eliminações semanais.
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Coincidência (na visão do SBT) ou cópia (segundo a Justiça, que condenou o canal), o fato é que Silvio Santos fez história novamente ao lançar o primeiro reality show de confinamento do Brasil. A Casa dos Artistas, produzida na surdina e em meio ao próprio sequestro de seu comandante, mudou para sempre os rumos da nossa televisão.
A Globo nunca engoliu ter perdido seu pioneirismo e proibiu a exibição da Casa dos Artistas, alegando se tratar de uma cópia do Big Brother, que comprou depois da negativa de Silvio Santos. O SBT apelou para o povo e se disse vítima de censura, com direito a este aviso no ar:
Duas décadas após Senor Abravanel ter construído uma mansão no cérebro da Globo, a vingança chegou. Boninho convidou Tiago Abravanel para o BBB 22. Em 2002, o confinamento do neto de Silvio Santos pela Globo poderia configurar cárcere privado de um menor de idade (e pegaria muito mal em razão dos sequestros sofridos pela “família do Baú”).
O chefão do BBB esperou 20 anos e o florescimento artístico de Tiago Abravanel para trancá-lo no Camarote, já como celebridade. O ator gravou um vídeo explicando sua ida ao Big Brother Brasil, mas não pediu “resgate” ao avô. Como Silvio Santos não pretende voltar à TV durante a pandemia, que aproveite a quarentena prestigiando seu neto “número 1”.
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