Pós-reality

BBB 21: Thammy desiste de processar Lumena por racismo contra Carla Diaz

Defesa de atriz convenceu vereador de que preconceito contra brancos não existe

Publicado em 08/04/2021

O vereador Thammy Miranda (PL-SP) desistiu de processar Lumena Aleluia por racismo contra Carla Diaz durante o BBB 21. Nesta quinta-feira (8), a atriz se revoltou ao ser intimada pela polícia a depor como vítima no inquérito aberto a partir da denúncia do deputado estadual Anderson Moraes (PSL-RJ), também no âmbito do reality show da Globo.

A coluna apurou que Thammy foi convencido pela defesa de Carla Diaz a recuar da ação criminal contra a ex-sister. A equipe jurídica da atriz entrou em contato com o filho de Gretchen para explicar que não existe racismo de negros contra brancos, justificativa do vereador para denunciar Lumena ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), em fevereiro.

“Estou aqui vendo as coisas daquela imbecil da Lumena e aí eu estava aqui pensando: racismo é racismo, não existe racismo reverso, na minha opinião. A atitude que ela está tomando com a Carla Diaz é de racismo. Ela falou ‘essa branquitude de merda’, se fosse a Carla Diaz falando ‘essa negritude de merda’, a Carla saía da casa presa do Big Brother”, afirmou Thammy em suas redes sociais. Políticos, artistas e ativistas da causa racial discordaram da ação do vereador.

O deputado estadual Anderson Moraes, em contrapartida, manteve sua notícia-crime contra a psicóloga. Com base na queixa do parlamentar aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a polícia intimou Carla Diaz a depor na Decradi (Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), no Rio de Janeiro.

Carla Diaz, apurou a coluna, consultou seu advogado antes de publicar a sequência de stories em seu Instagram, em que aparece indignada ao ser tratada como vítima de preconceito. A atriz pontuou que não existe “racismo reverso” (contra brancos) e reclamou que foi “usada” pelo deputado autor da denúncia.

“Essa semana eu fui surpreendida por um policial da Decradi, delegacia de crimes raciais. Sim, bateram na minha porta. Eu levei um susto, óbvio, até porque alguém pediu para a delegacia instaurar um inquérito, e eu vou ter que prestar esclarecimentos sobre um procedimento de preconceito racial. Sim, como se eu fosse a vítima. Como se eu tivesse sido vítima de discriminação. Quero dizer que acho isso tudo um absurdo. Não tenho mais detalhes, o meu advogado já está vendo isso”, afirmou Carla Diaz.

“Eu acho importante afirmar aqui que racismo reverso não existe. Gente, por favor, vamos ler, vamos nos informar, a internet está aqui para isso. O programa debateu racismo a semana toda. Estou muito chateada com essa situação, ainda mais porque tudo isso começou quando eu ainda estava na casa, usaram o meu nome sem o meu conhecimento para me colocar nessa situação”, desabafou.

No paredão da última terça, Tiago Leifert quebrou o protocolo do BBB 21 ao discutir sobre racismo com os confinados, após o término da votação. O debate foi estimulado pelo episódio envolvendo Rodolffo e João Luiz, no sábado, quando o cantor comparou uma peruca de homem das cavernas, desarrumada e com aparência de suja, ao black power do professor. Magoado, ele expôs a fala racista durante o Jogo da Discórdia, na véspera do paredão, e recebeu uma série de ataques, inclusive do pai do sertanejo, que usava o mesmo penteado na juventude.

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