O ano era 1982. Entre abril e maio, a TV Globo exibiu as duas produções inaugurais de um novo formato de teledramaturgia – as minisséries, então chamadas de Séries Brasileiras. Foram elas Lampião e Maria Bonita, de Aguinaldo Silva e Doc Comparato, e Avenida Paulista, de Daniel Más e Leilah Assumpção.
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Àquela altura algumas produções estrangeiras já haviam sido exibidas por aqui, notadamente Raízes, baseada no best-seller de Alex Haley, em 1979. Na TV Cultura, em 1981 começaram a ser exibidas histórias curtas, nos ciclos Teleconto (com cinco capítulos cada uma) e Telerromance (de 20 a 30 capítulos por adaptação). Mas o termo “minissérie” ainda não era parte do nosso vernáculo televisivo, digamos.
Entre junho e julho de 1982, com a transmissão dos jogos da Copa do Mundo de Futebol, então realizada na Espanha, a TV Globo pensou numa atração que, além de tapar alguns buracos surgidos na grade com a cobertura especial do torneio, assegurasse uma sala de espera para o público masculino enquanto este acompanhava os jogos, debates, reportagens e comentários.
Unindo propósitos, a emissora logo se lembrou de Gabriela, novela das 22h escrita por Walter George Durst em 1975 a partir do romance de Jorge Amado Gabriela, Cravo e Canela, para ser lançada em reprise em meio aos programas com o tema Copa do Mundo. E relançou a novela, “em minissérie especial”, como diziam as chamadas. A estreia do compacto ocorreu em 15 de junho de 1982.
O jornalista Ted Richard Paiva Sartori, criador do canal Arquivos 1000, no YouTube, convidou este colunista para um breve vídeo sobre essas curiosidades em torno da “minissérie” Gabriela levada ao ar há 40 anos. Você pode assistir ao vídeo abaixo:
Com Sônia Braga, Armando Bogus, Paulo Gracindo, José Wilker, Nívea Maria, Elizabeth Savala e Dina Sfat no elenco, a primeira versão de Gabriela na TV Globo foi tema de um TBT da TV aqui no Observatório da TV. Confira no vídeo abaixo: