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O que falta em Fuzuê? Novela confunde o público com exagero e mistério nada instigante

Trama das sete ainda é inconsistente, mas pode melhorar com alguns ajustes

Publicado em 24/09/2023

A novela Fuzuê completou um mês no ar, mas ainda não fisgou o público. Nas redes sociais, ainda há muitas críticas para a trama das sete, pautadas sobretudo no “excesso de exagero” e no mistério nada instigante. Além disso, uma audiência que oscila bastante.

Primeiro, a proposta da obra sempre foi abraçar o “circo”, por isso é comum que muitas cenas passem do tom. O estranhamento é maior porque Fuzuê entrou no lugar da centrada Vai na Fé, carregada de temas sérios e situações próximas da realidade. Entretanto, várias sequências pendem mais para a vergonha alheia do que para o pastelão típico do horário.

De modo geral, muita gente reclama que falta profundidade na história, que o enredo não prende, e que a novela parece um jogo de esquetes que levam a lugar nenhum. De fato, a trama ainda não chama atenção. Um dos maiores motivos é o mistério do tesouro.

A tal fortuna enterrada na loja Fuzuê conduz o folhetim, mas deixa o público mais confuso do que os personagens da produção. Até agora, ainda está tudo sem sentido e inconsistente. Afinal, que tesouro é esse? Será que estamos mesmo interessados em saber?

Maria Navalha (Olivia Araújo) e Merreca (Ruan Aguiar) em Fuzuê
Maria Navalha (Olivia Araújo) e Merreca (Ruan Aguiar) em Fuzuê

Se por agora não tem nada claro, tudo pode mudar com a chegada de Maria Navalha (Olívia Araújo), a mãe de Luna (Giovana Cordeiro), na primeira reviravolta da trama. Ao que tudo indica, ela colocou a mão no tesouro e mudou de vida, mas ainda carrega muitos mistérios. A personagem promete conquistar o público, ainda mais por ser controversa, uma anti-heroína.

Nas mãos da talentosa Olívia Araújo, Maria Navalha pode trazer a novela para si e mudar muita coisa. Além disso, o espaço para outros personagens carismáticos também pode ajudar, como Soraya (Heslaine Vieira), Gláucia (Zezeh Barbosa), Cata Ouro (Hilton Cobra) e principalmente Bebel (Lilia Cabral).

Por outro lado, o que falta em Fuzuê é dar mais camadas para Preciosa (Marina Ruy Barbosa), que pode ser mais que uma vilã deslumbrada. Afinal, ela só quer mesmo sair da falência e manter sua pose de futilidade? Da mesma forma, melhorar os conflitos da protagonista. Mas, com a chegada da mãe, Luna também deve ter uma virada na trama.

Por fim, o casal protagonista é bem maçante. Miguel (Nicolas Prattes) é chato demais e perde cada vez mais torcida. Não é à toa que Jefinho (Micael Borges) e até Merreca (Ruan Aguiar) ganham força para conquistar o coração da mocinha.

Enfim, com pequenos ajustes e espaço para histórias que valem acompanhar, com certeza Fuzuê pode fisgar o público de vez. A trama tem muito potencial, elenco bem afiado, ótimo texto e muitas qualidades. Se melhorar, tem tudo para ser mais um sucesso na faixa das 19h.

As informações e opiniões expressas nesta crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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