Poder dos fandoms

Fãs nas redes sociais direcionam Globoplay no resgate de novelas

“O público não dá moleza”, diz Ana Carolina Lins, head de conteúdo da plataforma de streaming.

Publicado em 21/11/2021

Jamais subestime o poder dos fãs e dos fandoms — grupo de fãs organizados em torno de um mesmo conteúdo.

O Globoplay ouve muito o que eles pedem nas redes sociais e, em especial, sobre quais produtos deve incluir na plataforma.

Há uma equipe dedicada a cuidar disso dentro do projeto de resgate de novelas.

Quem conta é Ana Carolina Lins, head de conteúdo do Globoplay.

Ela falou desse processo e de como a empresa valoriza a opinião e a relação com os fãs durante a Expocine21, que aconteceu na semana passada.

Ana Carolina participou de um debate em formato virtual sobre transformação no audiovisual durante o evento.

A executiva do Globoplay explicou sobre o resgate de novelas: “Exige tecnologia, pois são conteúdos que precisam passar por alguma melhora tecnológica, reconstrução e cenas”.

Ana (Isabela Garcia) e Helena (Beatriz Wurts Bertu) em Bebê a Bordo
Ana Isabela Garcia e Helena Beatriz Wurts Bertu em Bebê a Bordo DivulgaçãoTV Globo novela de 1988 que está de volta via Globoplay

De acordo com ela, o rumo dos trabalhos muda de acordo com o que os fãs do Globoplay pedem.

Isto, segundo Ana Carolina, às vezes requer “um esforço enorme para trocar quando pedem novelas”.

A relação com os fãs é muito profunda”, afirmou.

A head de conteúdo lembra que as novelas mais antigas têm muitos episódios, o que torna o processo tecnológico mais demorado.

Outro exemplo que ela deu sobre influência dos pedidos dos fãs vias redes sociais foi sobre o seriado As Five, que originou um programa derivado, o Talk Five.

O Talk Five é um talk-show de pós-acompanhamento da série que reúne as cinco protagonistas da série As Five às segundas-feiras, ao vivo no Globoplay, e às terças-feiras, em versão podcast.

“O público não dá moleza”, assinalou a executiva, destacando que o trabalho é em tempo real em 24h de monitoramento nas redes.

“Estamos atentos para quem gosta do conteúdo”, disse a head do Globoplay.

Ficção

Sobre as novas produções originais, ela lembra que os prazos estão muito longos por conta dos efeitos da pandemia – a produção em ficção normalmente leva de 18 a 24 meses.

No debate, os demais participantes concordaram que o consumo de produto audiovisual segue crescendo no digital, mesmo com a reabertura das salas de cinema. 

Participaram da conversa na Expocine21 sobre as transformações no audiovisual também a produtora Malu Andrade (Coração da Selva), Leonardo (Urca Filmes/Transformação Digital), Dani Tolomei (Transformação Digital) e Fábio Lima (Sofá Digital).

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