Em O Clone, Karima é uma das assistentes de Ali (Stênio Garcia) em sua casa no Marrocos. Ela aparece constantemente recebendo ordens sobretudo da governanta Zoraide (Jandira Martini).
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O que pouca gente sabe é que a moça se chama mesmo Karima na vida real e é muçulmana, assim como seu papel na novela.
Por isso que quando entra em cena na novela fala árabe e os telespectadores ficam confusos. Afinal, por que só esta personagem do núcleo marroquino se expressa com a língua da região?
Entrou em O Clone por acaso
Para dar veracidade à trama, que se inspira em parte no universo islâmico, a autora Gloria Perez contou com a consultoria de autoridades e pessoas que vivem essa realidade.
A escritora teve ajuda, por exemplo, dos xeques Jihad Hassan Hammadeh, então vice-presidente da World Assembly of Muslim Youth (Wamy), e Abdelbagi Sidahmed Osman, sudanês presidente e Imam (que conduz as orações) da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro. As referências religiosas a auxiliaram em assuntos referentes à cultura muçulmana.
Além deles, para as gravações do núcleo muçulmano no Rio de Janeiro, tanto Gloria quanto a equipe foi assessorada pelos irmãos marroquinos Karima e Ahmed Elmaataoui. Os dois acabaram sendo incorporados ao elenco.
Desse modo, a Karima que podemos ver atualmente na reprise na Globo, junto a seu irmão, ganhou por acaso o papel de ajudante de Ali.
Outra preparação de Gloria Perez
O Clone é considerada uma novela com tramas relativamente complexas, pois, além de núcleo muçulmano, Gloria Perez abordou também a dependência em álcool e drogas e a clonagem humana.
Desse modo, a produção precisou entrar de cabeça em todas as temáticas, participando de palestras e conhecendo textos e filmes sobre todos os pontos importantes.
De acordo com a Globo, os atores visitaram clínicas de fertilização e laboratórios de clonagem, participaram de aulas de expressões árabes e prática de orações. Aulas de dança do ventre, dança árabe para os homens e de samba de gafieira também fizeram parte da preparação.
Lembrando que elenco e equipe trabalharam por 40 dias em cinco cidades do Marrocos. No país estrangeiro, muitas sequências foram gravadas nas ruínas da kasbah Ait Ben Hadou, em Ouarzazate; o mercado de camelos de Marrakech; a cisterna portuguesa de El Jadida; e a medina de Fez, cidade do século VIII.
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