o amor esfria

Separação de Luísa e Pedro II: o final dos amantes de Nos Tempos do Imperador

Personagens históricos retratados pela novela das seis se apaixonaram verdadeiramente

Publicado em 03/02/2022

Para muitos, o romance entre Pedro II (Selton Mello) e Luísa (Mariana Ximenes) em Nos Tempos do Imperador é um verdadeiro disparate. Para outros, é apenas o retrato do que realmente aconteceu e uma expressão de um sentimento puro e incontrolável que nasceu entre os dois.

Retratar uma traição velada na TV vai sempre criar um clima de fla x flu entre os telespectadores. Isso também ocorreu com o roteiro da novela das seis, que aborda parte do Segundo Reinado (1840 – 1889).

Gostando ou não, porém, a paixão entre o Imperador e a Condessa de Barral realmente existiu. Ela foi mesmo a pessoa que acompanhou o crescimento de Isabel (Giulia Gayoso) e Leopoldina (Bruna Griphao) até que as duas princesas se casassem.

Pedro II se apaixonou perdidamente por Luísa e por anos mantiveram uma relação extraconjugal – lembrando que ela era casada com Eugênio (Thierry Tremouroux) e não desfez sua união.

O fim do romance será mostrado?

Com o fim de Nos Tempos do Imperador nesta sexta-feira (4), muitos querem saber se o monarca e sua amante continuarão juntos e felizes.

Luísa (Mariana Ximenes) e Pedro (Selton Mello) em Nos Tempos do Imperador (Reprodução/Globo)
Luísa Mariana Ximenes e Pedro Selton Mello em Nos Tempos do Imperador ReproduçãoGlobo

Pelo andar da carruagem, a novela terminará, mas o caso de Luísa e Pedro não. Tudo indica que os autores decidiram mudar a ordem do que realmente aconteceu historicamente.

Isso porque em 1865 a Condessa de Barral decidiu ir embora para a França com o marido e o filho, Dominique (Guilherme Cabral). No atual momento da novela, a Guerra do Paraguai está chegando ao seu fim, então o ano retratado deve ser 1870, ou seja, cinco anos após a partida de Luísa na vida real.

Desse modo, os escritores usaram a licença poética para levar à telinha um final brando que envolve tanto os dois amantes quanto a esposa de Pedro, a Imperatriz Teresa Cristina (Letícia Sabatella).

Lembrando que muitos fatos Nos Tempos do Imperador deixará de lado, como até mesmo algumas mortes.

Como Pedro II e Luísa se separam?

Segundo a historiadora Mary Del Priore, quando Dominique estava com cerca de 10 anos de idade, Dom Pedro II propôs para Luísa que o menino fortalecesse seus estudos no Brasil. Mas a amante não aceitou.

Sendo assim, ela decidiu se mudar para a França em 1965 junto com seu marido, Eugênio, pensando na formação europeia de seu filho, o único que ela teve. Importante dizer que Dominique era muito bem quisto pelo Imperador e por sua família.

Luísa (Mariana Ximenes) e Pedro (Selton Mello) de Nos Tempos do Imperador (Divulgação/TV Globo)
Luísa Mariana Ximenes e Pedro Selton Mello de Nos Tempos do Imperador DivulgaçãoTV Globo

Na Europa, Luísa exerceu a maternidade em tempo integral, ‘pegando pesado’ com a educação de Dominique.

Com a distância, claro, ela e Pedro II não tinham como ficar juntos, mesmo depois de Eugênio falecer. Apesar de estarem longe fisicamente, porém, eles continuaram trocando cartas, conforme registros históricos atestam.

Tempos depois, inclusive, o Imperador e a amada tiveram alguns encontros na França, mas como o caso entre os dois já tinha repercutido pela sociedade e também nos ouvidos do próprio Dominique, acabou não significando muita coisa. O último encontro deles teria ocorrido em 1887.

Cartas queimadas

A troca de correspondências entre Luísa de Dom Pedro II acontecia frequentemente tanto quando ela morava no Brasil quanto na Europa. O acordo que eles tinham era de queimar as cartas logo que lessem. Mas a Condessa, por muitas vezes, quis guardar as lembranças, por isso há alguns registros do caso de amor que tinham.

Lembrando que além de Luísa, Dom Pedro II mantinha também outras amantes e trocava declarações com elas, mas isso após a condessa ir embora para a Europa. A condessa faleceu em 14 de janeiro de 1891, aos 74 anos, quase um ano antes de Pedro, que morreu em 5 de dezembro de 1891, aos 66 anos.

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